sexta-feira, 28 de março de 2014

POLÍTICA REGIONAL

Solidariedade apoia Jatene

Edição de 28/03/2014
Tamanho do Texto
Partido estará ao lado do governador do Pará na campanha à reeleição. Anúncio foi feito em encontro estadual.
O partido Solidariedade (SDD) declarou apoio à reeleição do governador Simão Jatene (PSDB), na tarde de ontem, durante o 1º Encontro Estadual do Pará, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. No evento o presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, confirmou ainda o apoio à candidatura do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) para a Presidência da República.
Além de anunciarem o apoio ao PSDB, os políticos do Solidariedade - uma das mais novas legendas do País, com 182 dias de fundação – fizeram duras críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O presidente do diretório estadual, deputado federal Wladimir Costa (SDD), também criticou os que somente almejam o poder e não trabalham pelo povo paraense. O encontro contou com a presença de vários políticos e líderes sindicais e sociais.
Para Paulinho da Força, o Brasil precisa de uma mudança de condução na política do governo. "Foi triste quando tentamos aprovar o piso de R$ 900 para agente comunitário de saúde e o governo disse que não podia, senão ia quebrar o Estado", lembrou.
"Temos queda da produção industrial brasileira. Os bons empregos estão indo para fora. Os jovens foram para a rua reclamar também contra isso. As pessoas fazem faculdade para arranjar emprego no setor de serviços e ganhar dois salários mínimos", criticou. Segundo Paulinho, outras bandeiras do partido são o fim do fator previdenciário, as questões sindicais e a defesa dos direitos humanos.
Compromisso - O deputado Wladimir Costa destacou que a legenda não precisa de políticos que só querem o poder. "Nós queremos pessoas que amam e tem compromisso pelo Estado, e não pessoas que tem compromisso com o poder", disse.
Segundo Wladimir, por esse motivo o Solidariedade optou por apoiar Jatene antes de o governador pedir apoio. "O Jatene voltou ao governo porque tem credencial, tem respeito pelas crianças e adolescentes, pelos negros, pelos homossexuais, pelos religiosos. Não discrimina ninguém", afirmou.
O governador Simão Jatene agradeceu o apoio do Solidariedade. "Esse partido nasce grande pela sua militância, pela sua determinação", elogiou. Jatene também destacou a importância da união entre os que têm o mesmo interesse.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), deputado Márcio Miranda (DEM), falou da ajuda que os deputados Eliel Faustino (SDD) e Hilton Aguiar (SDD) prestam ao governo na Casa.
"Esses dois valorosos deputados sempre estão com o governo. Saio daqui convencido de que o Solidariedade elegerá muito mais gente de força enorme". O prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), elogiou o apoio de Wladimir e do Solidariedade para o desenvolvimento do Pará. "Conseguimos desenvolver o Estado do Pará, que estava abandonado quando assumimos", ressaltou.

 

Jader pode ir ao TCU em busca de explicações

O senador Jader Barbalho disse ontem, logo depois de encaminhar um novo documento com pedido de informações ao Ministério dos Transportes, que irá ao Tribunal de Contas da União, se necessário for, para buscar esclarecimentos sobre os questionamentos que estão retardando, dentro do governo, as decisões sobre o trecho da Ferrovia Norte/Sul entre o município de Açailândia, no Maranhão, e o porto de Vila do Conde. “Se for preciso, eu não hesitarei em pedir uma audiência ao presidente do TCU”, afirmou.

O pedido, formulado com enquadramento constitucional, é na verdade um reforço, uma reiteração de requerimento sobre o mesmo assunto apresentado pelo senador em novembro do ano passado. Jader considerou pouco esclarecedora a resposta dada ao primeiro documento pelo ministro César Borges e, ontem, se declarou inconformado com a indefinição em torno do assunto.

Na avaliação do senador, depois do derrocamento do Pedral do Lourenço, cujo edital foi lançado na quinta-feira passada pela presidente Dilma Rousseff, na cidade de Marabá, a construção do trecho paraense da Ferrovia Norte/Sul é o principal projeto da cadeia logística de que o Estado necessita para alavancagem do seu processo de desenvolvimento econômico e social. “A estrutura de transportes do Pará precisa de um conjunto de obras, e nós temos que lutar por elas”, afirmou.

O líder maior do PMDB do Pará voltou a destacar a importância do derrocamento do Pedral do Lourenço para tornar operacional o sistema de transposição – as chamadas eclusas – de Tucuruí e, assim, consolidar a Hidrovia do Tocantins no trecho de quase 500 km de extensão que vai de Marabá até Vila do Conde. Mas não menos importantes, acentuou, é a construção da Ferrovia Norte/Sul dentro do Pará, incluindo a abertura de dois ramais, um fazendo a interligação com o município de Paragominas e o outro se estendendo até o município de Curuçá.

No caso de Paragominas, conforme frisou, o ramal ferroviário vai dar suporte à expansão da fronteira agrícola, que hoje se mostra florescente com a produção de grãos, atividade que desponta como mais uma importante riqueza nos municípios situados no eixo da rodovia Belém/Brasília. Já em relação a Curuçá, destacou Jader Barbalho que a construção do ramal ferroviário se apresenta, desde já, como condição necessária para viabilizar o futuro Porto do Espadarte, projetado em estudos de batimetria para ser um dos maiores terminais marítimos de águas profundas do planeta.

Enfatizou o senador Jader Barbalho que outras duas obras também vitais para a cadeia logística do Pará e a integração das novas fronteiras econômicas do Estado ao restante do país são as rodovias Cuiabá/Santarém e a Transamazônica. “Vistas no conjunto, essas obras vão revolucionar a economia do Estado. Com energia elétrica abundante e uma estrutura de transportes moderna e eficiente, o Pará finalmente terá assentado em bases sólidas e duradouras o seu desenvolvimento”, acrescentou.

Na avaliação do senador, a criação de plataformas multimodais, combinando a utilização de eixos hidroviários, ferroviários e hidroviários –, dará ao Pará vantagens comparativas e competitivas que nenhum outro Estado brasileiro pode alcançar. Além de permitir a expansão da fronteira agrícola em áreas já abertas do Estado e garantir a otimização do uso da terra, reduzindo os níveis de tensão fundiária, ele se mostra convencido de que os corredores de transporte do Pará se tornarão a via natural de escoamento de toda a produção de grãos do Centro-Oeste do Brasil, além de facilitar e reduzir os custos entre a Zona Franca de Manaus e os grandes centros consumidores do Sul e Sudeste do país.


(Diário do Pará)