quinta-feira, 26 de junho de 2014

Dez partidos ainda não definiram candidatos às eleições

A quatro dias da data-limite determinada pela Justiça Eleitoral para os partidos definirem seus candidatos aos cargos de presidente e vice-presidente da República ou que nomes vão apoiar no pleito de outubro, mais de dez partidos ainda vão realizar suas convenções nacionais. Indicações do partido para candidatos a governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputados federais, estaduais e distritais também precisam ser definidos nesse período.
No último dia de prazo, na segunda-feira (30) o Democratas (DEM) se reúne no Hotel Gran Bittar, em Brasília. Na convenção do partido, tucanos aliados históricos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, candidato à Presidência pelo PSDB, já confirmaram presença ao lado do presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), do prefeito de Salvador, ACM Neto e do líder na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE).
Hoje, o PRP deve anunciar o resultado da votação na convenção nacional que ocorre na sede do partido, em São José do Rio Preto (SP). Amanhã (27) será a vez do PTB que marcou convenção nacional em Salvador. A Executiva Nacional do partido já anunciou no último sábado (21) que vai integrar a aliança em favor do candidato do PSDB à presidência, senador Aécio Neves. Também amanhã o PRB reunirá os convencionais na sede do partido em São Paulo e o PCdoB, em Brasília. Este último deve reiteirar o apoio ao atual governo e a expectativa é que a presidenta Dilma Rousseff, que tem participado das reuniões de todos os partidos que declararam apoio à sua reeleição ao lado do vice Michel Temer, vá ao encontro, no auditório da Câmara dos Deputados.
Sábado, dia 28, será a vez do PSB oficializar as candidaturas do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e da ex-senadora Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. O encontro será conjunto com PPS, Rede, PPL e PHS, que também apoiam a chapa Campos e Marina.
As convenções nacionais do PTC e PSDC ocorrem no domingo (29), em Salvador e na cidade de Paraíso, em São Paulo, respectivamente. Após o período de convenções os candidatos, os partidos políticos e coligações têm até 5 de julho para pedir o registro para as eleições de outubro.

Gana expulsa Muntari e Boateng por indisciplina

Horas antes da partida contra Portugal, às 13h (de Brasília), no Estádio Mané Garrincha, a seleção de Gana afastou por tempo indeterminado dois jogadores de seu elenco: Sulley Muntari e Kevin-Prince Boateng.
De acordo com uma declaração no site da Associação de Futebol de Gana, a suspensão ocorreu por indisciplina. Boateng, do Schalke 04, foi expulso por "insultos verbais vulgares dirigidos ao treinador Kwesi Appiah durante a sessão de treinamento da equipe em Maceió”, e o meia do Milan Muntari foi afastado por "ataque físico não provocado a um membro do comitê executivo".
Esta agressão teria ocorrido na terça-feira, contra Moisés Armah, membro da administração da seleção ganesa.
Nesta semana os jogadores de Gana já haviam reclamado da falta de pagamento do bônus prometido, e até ameaçaram não entrar em campo nesta quinta-feira contra Portugal, mas o governo enviou mais de US$ 3 milhões para colocar os valores em dia.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Horário eleitoral ‘gratuito’ é pago e sem transparência

Televisão e rádio receberam ao menos 3,57 bilhões de reais em 12 anos; Receita Federal se nega a divulgar quanto cada emissora recebeu
por Piero Locatellipublicado 25/06/2014 03:56, última modificação 25/06/2014 13:03 .
Emissoras de televisão e rádio deixaram de pagar ao menos 3,57 bilhões de reais de impostos nos últimos 12 anos para exibirem o horário eleitoral gratuito. Mas não é possível saber qual o tamanho do benefício de cada rede. CartaCapital solicitou à Receita Federal os valores, discriminados por emissora e ano, mas o órgão negou a divulgação desta informação.
A Lei de Acesso à Informação prevê, desde 2011, que informações de interesse público sejam divulgadas pelo governo. Para recusar as informações, a Receita recorreu ao artigo 198 do Código Tributário Nacional de 1966. Segundo esta legislação, não é permitido divulgar qualquer informação sobre “a situação econômica ou financeira” de empresas.
A reportagem argumentou que não desejava toda a informação fiscal das emissoras, mas somente o valor referente às isenções do horário eleitoral. Não seria necessário divulgar quanto uma emissora paga de impostos, mas somente quanto deixa de pagar com o espaço reservado aos políticos. Desta forma, as informações particulares estariam guardadas.
Diante do recurso, a Controladoria Geral da União, responsável pelas apelações sobre a lei, questionou à Receita: “Como a informação do valor específico da renúncia fiscal dada a cada emissora pode expor a sua situação financeira e econômica?”.
Em resposta, o órgão afirmou que “o sigilo fiscal protege todo e qualquer item que esteja inserido no conjunto das informações que componham a situação financeira e econômica do contribuinte. (...) Toda e qualquer informação, mesmo que isoladamente, e num menor grau, acaba por expor uma realidade financeira ou econômica.” A Controladoria Geral da União concordou com o argumento da Receita e estes gastos não devem ser revelados. (Leia a íntegra do pedido e da resposta)
Ano
Valor da isenção
2002R$ 121,5 mi
2003R$ 174,1 mi
2004R$ 238,6 mi
2005R$ 283,5 mi
2006R$ 494,6 mi
2007R$ 150,7 mi
2008R$ 420,4 mi
2009R$ 201,1 mi
2010R$ 604,3 mi
2011R$ 207,2 mi
2012R$ 436,3 mi
2013R$ 239,7 mi
TotalR$ 3.572,1 mi

Como o valor é calculado

Emissoras de rádio e televisão ganham para ceder espaço de televisão a candidatos e partidos (em ano eleitoral) e a partidos (em todos os anos). O benefício não é cedido diretamente pelo governo, mas por meio de impostos sobre o lucro que deixam de ser pagos à Receita Federal.
No Brasil, partidos e candidatos não podem comprar espaço publicitário na televisão como empresas fazem. Políticos podem anunciar somente em horários predeterminados, calculados a partir do tamanho de cada bancada no Congresso Nacional.
O benefício recebido pelas emissoras é calculado, no entanto, a partir das tabelas de publicidade destes veículos. O governo paga 80% do valor que uma empresa pagaria pelo tempo em que as inserções são feitas. É como se o governo anunciasse no tempo cedido às emissoras.
Da Rede Globo a uma rádio no interior de qualquer estado, todas são beneficiadas. O uso do termo “gratuito” esconde, assim, a realidade de que o governo paga este espaço na televisão e no rádio.
 







O Pré candidato a reeleição Governador Simão Jatene - PSDB,  num evento em Xinguara anunciou o nome do seu Vice que comporá a Chapa majoritária para o governo do estado, trata - se do Deputado Federal Zequinha Marinho - PSC. Zequinha Marinho iniciou sua carreira política em Conceição do Araguaia ao se candidatar ao cargo de Prefeito Municipal pelo PDT. Depois tentou uma vaga de Deputado Estadual ficando na suplência e assumindo a titularidade do cargo por cerca de dois anos. Na eleição seguinte buscou a reeleição a Deputado Estadual sendo eleito para o cargo. Nas eleições seguintes se elegeu Deputado Federal, sendo reeleito por mais duas  vezes.
O que o Sul do Pará pode ganhar com isso caso o Governador se reeleja? Historicamente não ganha nada.Primeiro porque o cargo de vice não passa de uma simbologia albergada pelas barganhas  entranhadas na vida politica dos poderes no mundo. Segundo pelo fato do cargo ser secundário, sem força para tomar decisões que venha impactar positivamente qualquer ação governamental não se deve ter a ilusão da mágica, portanto, não há vantagens assim em possivelmente a região ter um Vice - Governador, salvo se esta união se tornar exceção.

Geraldo Gama 

  

BLOG DO GERALDO GAMA: FICHAS SUJAS DO PARÁ

BLOG DO GERALDO GAMA: FICHAS SUJAS DO PARÁ: Pará pode ter 305 inelegíveis por irregularidades O presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Augusto Nardes, entregou onte...

BLOG DO GERALDO GAMA: FICHAS SUJAS DO PARÁ

BLOG DO GERALDO GAMA: FICHAS SUJAS DO PARÁ: Pará pode ter 305 inelegíveis por irregularidades O presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Augusto Nardes, entregou onte...

FICHAS SUJAS DO PARÁ

Pará pode ter 305 inelegíveis por irregularidades


O presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Augusto Nardes, entregou ontem ao ministro Antonio Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, uma lista com 6,6 mil nomes de gestores públicos que tiveram contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Do Pará estão incluídos 305 nomes em 508 processos julgados. As irregularidades apontadas pelo TCU podem levar à inelegibilidade dos agentes públicos.
Segundo o presidente do Tribunal de Contas, a lista tem sido usada como principal recurso para os tribunais eleitorais negarem o registro de candidatos, com base na Lei da Ficha Limpa.
“Além do fato de ficarem oito anos fora das eleições, eles têm as multas que temos aplicado. Há casos de gestores que têm que assumir a responsabilidade com seu patrimônio pessoal, além de funcionários públicos que são demitidos, como há centenas de casos recentes”, disse Augusto Nardes.
As pessoas que constam da lista podem sofrer impugnação de eventuais candidaturas por iniciativa do juiz eleitoral, ou solicitadas por partidos políticos, Ministério Público Eleitoral, coligações ou candidatos.
Entre os citados na relação do tribunal estão funcionários públicos que ocupam cargos de menor responsabilidade, até ministros e governadores. Eles poderão ter os nomes excluídos da lista caso consigam decisão judicial ou liminar nesse sentido. A impugnação das candidaturas depende, em última instância, da Justiça Eleitoral.
A unidade federativa com mais nomes listados é o Distrito Federal, que tem 729 gestores apontados como responsáveis por contas irregulares. Em seguida está o Maranhão, com 513 nomes e São Paulo, com 485. Roraima é o estado com menos gestores apontados na lista, com 97 nomes.
Os relacionados na lista do TCU cometeram as chamadas irregularidades insanáveis nos últimos oito anos, e tiveram negados todos os recursos possíveis no âmbito do Tribunal de Contas da União. O pagamento do débito ou da multa imposta como punição pelo TCU não implica retirada do nome do gestor da lista.
Os tribunais de contas de todo o país devem encaminhar as listas até o dia 5 de julho do ano eleitoral à Justiça Eleitoral. Os tribunais nos estados também estão fazendo isso e têm recebido orientação do TCU para disponibilizarem os nomes dos gestores citados na internet. Liberada para o público, a relação será constantemente atualizada até fim do ano. Dessa forma, pessoas citadas que conseguirem liminares na Justiça podem ter os nomes retirados e outras, cujos recursos forem se esgotando, poderão ser acrescidas.
(Diário do Pará)
http://www.diarioonline.com.br/

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Não tenho dúvidas de que a nossa seleção precisa melhorar muito para poder sonhara com o HEXA, o time oscila bons e maus momentos dentro de uma partida, isto ficou claro no jogo de hoje quando fomos tomado de assalto por uma apatia inexplicável e o time passou por maus momentos, até que o gol adversário saiu.O Felipão precisa consertar o meio campo, uma equipe que se propõe a ser campeã não pode ficar dependente de talentos individuais e de amuletos, o talento até que vai mas amuletos não conta.

 O Chile tem um time muito bom, essa história de que nunca ganharam do Brasil em copa do mundo não deve ser considerada, é preciso que alguns conceitos sejam revistos, pois temos exemplos vivos nesta copa de que o futebol está globalizado, e não mas restritos a alguns países como o Brasil que ainda se acha o melhor futebol do mundo.

A Espanha atual campeã do mundo quase sai como o maior fiasco da copa, trouxe um time bem avançado na idade, cheio de arrogância, e se deu muito mal, amanhã já volta para casa, a Inglaterra é outra equipe que é sempre favorita mas não chega a lugar nenhum.

Não vejo como obrigação exclusiva do Brasil ganhar a copa, entretanto vejo a obrigação da equipe brasileira jogar bem, e convencer a torcida de que tem um bom futebol, o resto vem com as atuações.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Nota de repúdio da Marcha Mundial das Mulheres frente à violência machista sofrida pela Presidenta Dilma durante a abertura da Copa do Mundo da Fifa



A Marcha Mundial das Mulheres vem a público expressar seu repúdio frente à violência machista sofrida pela Presidenta Dilma durante a abertura da Copa do Mundo da Fifa no ultimo dia 12.
Os estádios de futebol têm sido espaço de manifestações do racismo, do machismo e da homofobia. Desde a crítica machista do Diretor do Cruzeiro que desqualificou Fernanda Colombo como bandeirinha mandando que ela posasse nua, ao famoso “Vai tomar no c” distribuído de forma irrestrita, até as ofensas à presidenta Dilma.
Sabemos que os insultos e xingamentos partiram da área vip – majoritariamente ocupada por personagens da Rede Globo e outros atores da elite brasileira. As críticas, oposição e vaias são parte do jogo democrático. No entanto, as vaias dessa elite visam à desqualificação das mulheres que ousam ocupar o espaço público, ao reproduzirem o machismo, a misoginia e a violência cotidiana.
Essa violência é uma constante na vida daquelas que cruzam a linha dos espaços de poder. Essa não será, portanto, a primeira ou a última vez que viremos a público reafirmar o direito das mulheres em ocuparem o espaço público.
Manifestamos nossa solidariedade a Presidenta Dilma e repudiamos os atos de misoginia e machismo e violência contra a Mulher nos espaços públicos e de poder.
 Marcha Mundial das Mulheres

sexta-feira, 13 de junho de 2014

MPT multa fazenda sem condições de trabalho


A Vara do Trabalho de Xinguara, no sudeste paraense, determinou que o proprietário de uma fazenda no município de Tucumã, na mesma região, terá que pagar R$ 125 mil como reparação aos danos morais coletivos decorrentes da submissão de trabalhadores à condições degradantes.
A propriedade, Fazenda Patos de Minas, foi fiscalizada em julho de 2013, pelo Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), onde foram encontrados oito trabalhadores sem registros, além de um trabalhador em condições análogas à de escravo, bem como a prática de sistema de barracão ou servidão por dívida.
O dano moral coletivo será quitado após o pagamento de 5 parcelas de R$ 25 mil reais, mediante depósito judicial, com a primeira parcela vencendo já no próximo dia 30. Além da reparação financeira,  o proprietária ainda terá 19 obrigações, sob pena de multa de R$ 10 mil por item descumprido e por trabalhador atingido.
Ele fica obrigado a não admitir ou manter empregado sem o respectivo registro em livro, ficha ou sistema eletrônico competente, anotar a Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado no prazo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), efetuar o pagamento de salários com a devida formalização em recibo, disponibilizar instalações sanitárias aos trabalhadores, fornecer a eles equipamentos de proteção individual  gratuitamente e equipar o estabelecimento rural com material necessário à prestação de primeiros socorros, entre outros.
Em caso de inadimplencia, será procedida a imediata execução do acordo, na qual o réu responderá com seus bens presentes e futuros.
(DOL com informações do MPT)

Conceição do Araguaia registra 16º na madrugada

Sexta-Feira, 13/06/2014
 
 
(Foto: Reprodução/ Alcides Chacall)
O município de Conceição do Araguaia, no sul do Pará, registrou na madrugada desta sexta-feira (13) a temperatura de 16.3°C, um dos menores índices já registrados no estado do Pará, segundo o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet).
De acordo com o metereologista José Raimundo Abreu, a temperatura é causada por uma massa de ar seco que abrange, além da região, os estados do Tocantins, Goiás e norte do Mato Grosso. Além disso, uma frente fria vinda da Cordilheira dos Andes também está contribuindo para as baixas temperaturas registradas em Conceição e em Santana do Araguaia.
Segundo o Inmet, a sensação térmica no local chegou a cerca de 14º e a temperatura permaneceu baixa até 7h da manhã. Devido a massa de ar seco, a umidade registrada foi de 36% e 37%. Apesar das baixas temperaturas, a amplitude térmica é acentuada e a partir de meio-dia podem ser registradas temperaturas de 34ºC.
Para a madrugada de hoje é esperada a mesma média térmica no município.
(Enderson Oliveira/ DOL)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Barbosa tira foto em Miami com empresário foragido


OAB repudia Barbosa: nem a ditadura chegou tão longe

Arquivo

Brasília - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu nota de repúdio à atitude do Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, de expulsar do plenário, mediante coação, o advogado Luiz Fernando Pacheco, que representa o ex-deputado e ex-presidente do PT, José Genoino, na ação penal 470.

De acordo com a entidade, o advogado apresentava uma questão de ordem, no limite da sua atuação profissional, nos termos da Lei 8.906. “O advogado é inviolável no exercício da profissão”, diz o documento. Ainda segundo a nota, o presidente do STF traiu seu compromisso de cumprir Constituição: “sequer a ditadura militar chegou tão longe no que se refere ao exercício da advocacia”.

A OAB afirma que irá estudar as medidas cabíveis para obter a reparação por à agressão ao Estado de Direito e ao livre exercício profissional. “O presidente do STF não é intocável e deve dar as devidas explicações à advocacia brasileira”, conclui o documento.


Confira a íntegra do documento:

NOTA DE REPÚDIO
A diretoria do Conselho Federal da OAB repudia de forma veemente a atitude do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, que expulsou da tribuna do tribunal e pôs para fora da sessão mediante coação por segurança o advogado Luiz Fernando Pacheco, que apresentava uma questão de ordem, no limite da sua atuação profissional, nos termos da Lei 8.906. O advogado é inviolável no exercício da profissão.

O presidente do STF, que jurou cumprir a Carta Federal, traiu seu compromisso ao desrespeitar o advogado na tribuna da Suprema Corte. Sequer a ditadura militar chegou tão longe no que se refere ao exercício da advocacia. A OAB Nacional estudará as diversas formas de obter a reparação por essa agressão ao Estado de Direito e ao livre exercício profissional. O presidente do STF não é intocável e deve dar as devidas explicações à advocacia brasileira.
Diretoria do Conselho Federal da OAB.

O advogado que enfrentou a toga irada

O advogado que enfrentou a toga irada

Najla Passos

Arquivo

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ordenou aos seguranças da corte, nesta quarta (11), que expulsassem do plenário o advogado Luiz Fernando Pacheco, que exercia seu direito constitucional de representar o seu cliente, o ex-deputado e ex-presidente do PT, José Genoino, condenado pela ação penal 470.

Pacheco aproveitou o início da sessão de julgamento da mudança no número de deputados das bancadas dos estados para pedir que o presidente colocasse em pauta o recurso em que pleiteia a transferência de Genoino para a prisão domiciliar, por motivos de saúde. “Processos penais, execuções penais têm procedência sobre qualquer outro assunto”, justificou.


Pouco avesso ao diálogo, Barbosa interrompeu o advogado e disse que o assunto não estava pautado. “Vossa Excelência vai pautar?”, provocou Barbosa, inferindo que o advogado pleiteava dizer ao STF o que fazer. “Eu não venho pautar. Venho rogar à Vossa Excelência que o coloque em pauta”, rebateu o advogado.

Pacheco insistiu no pleito. Lembrou que já há parecer favorável à mudança de regime de cumprimento de pena do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que o assunto requer urgência. “Vossa Excelência deve honrar esta casa e trazer aos seus pares o exame da matéria”, alfinetou.

O clima esquentou. Barbosa mandou, primeiro, que lhe cortassem o microfone. Depois, que o expulsassem do plenário. Pacheco ameaçou representar conra Barbosa por abuso de autoridade. “A República não pertence a Vossa Excelência e nem a sua grei. Saiba disso”, respondeu o presidente.

Corrida contra o tempo

A urgência do advogado em colocar o assunto em pauta tem suas razões. Condenado a cumprir 6 anos e 11 meses em regime semiaberto, Genoino foi encaminhado ao presídio da Papuda, em Brasília, no feriado de 15/11 do ano passado. Três dias depois, passou mal e foi internado às pressas no Hospital de Base de Brasília.

Portador de cardiopatia grave, ele havia sido submetido a uma cirurgia complicada em julho de 2013 e ainda se tratava com medicação e dieta especial. Na prisão, o estresse e a alimentação inadequada agravaram o quadro. Em função disso, foi autorizado a cumprir prisão domiciliar.

Entretanto, no mês passado, Barbosa mandou que ele retornasse ao presídio, com base em avaliação clínica feita por uma junta médica da Universidade de Brasília (UnB). A decisão foi tomada individualmente, sem consultar os demais ministros, o que seria de se esperar em um tribunal dito colegiado.

Na Papuda, a saúde de Genoino voltou a ser afetada. O advogado, então, recorreu ao plenário para pedir o retorno ao regime domiciliar. Obteve apoio do Ministério Público. Mas como quem pauta o plenário é o presidente do STF, o assunto segue engavetado.

Pacheco, determinado a representar o cliente custasse o que custasse, decidiu usar o último recurso que estava ao seu alcance: denunciar a omissão perante o conjunto de ministros, o procurador-geral, a imprensa e a sociedade que acompanha os trabalhos da corte via TV Justiça.

O advogado que enfrentou à toga

Desde o início do julgamento da ação penal 470, em agosto de 2012, Pacheco se destacou pelo estilo diferenciado. Ao invés da defesa puramente técnica adotada pelos colegas que defendiam outros réus, demonstrou um envolvimento quase emocional com o cliente, a quem diz admirar profundamente como figura pública.


Na sua estreia no caso, fez uma defesa não só de Genoino como também do PT, conforme registrou, à época, Carta Maior. “A opinião pública já se convenceu de que o mensalão foi uma farsa. Tanto assim que o Partido dos Trabalhadores já teve a absolvição das urnas. O ex-presidente Lula foi reeleito e elegeu sua sucessora, a presidenta Dilma Rousseff”, afirmou ele na sessão de 6/8/2012.

Conquistou, imediatamente, a oposição da imprensa que, de forma coordenada, pedia a condenação máxima de todos os envolvidos antes mesmo do julgamento ter início. Foi criticado e ironizado nos jornais que davam amplo destaque ao que chamaram de “julgamento do século”. Mas manteve o estilo.

O advogado subiu o tom ainda mais e escancarou a politização da ação penal 470, este ano, em fevereiro, quando ocorreu o julgamento dos embargos de declaração dos condenados por crime de formação de quadrilha. “Daqui a 10, 30 ou 100 anos, este mesmo STF, em revisão criminal, há de fazer justiça a José Genoino, pela sua condenação por um crime de corrupção que sequer foi delineado. Ele foi condenado por meras suposições e indícios. E se não há crime, não pode haver quadrilha”, afirmou.

Encurralado pela imprensa para explicar porque privilegiara argumentos políticos ao invés de técnicos, não se conteve. “Eu fiz uma defesa política porque este foi um julgamento político. Deveria ter feito isso desde o início. Faço agora o mea culpa e assumo o erro”, desabafou.

Pelo menos neste último caso, sua tese acabou vencedora. Todos os oitos condenados por formação de quadrilha foram absolvidos. Com isso, a implicação de Genoino no caso ficou ainda mais frágil. Mesmo assim, o presidente da corte mantem postura implacável contra o ex-deputado.


Créditos da foto: Arquivo

Advogados defendem Grossi e repudiam Barbosa

Advogados defendem Grossi e repudiam Barbosa







Brazil247

Desagravo ao advogado José Gerardo Grossi, que ofereceu emprego a José Dirceu, lotou sessão da OAB-DF. Para a categoria, o colega foi injustamente criticado pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, que considerou o gesto uma "action de complaisance entre copains" – ou ação entre companheiros. Em sua resposta, Grossi foi irônico: disse não ter como retrucar à agressão em francês, pois seus conhecimentos na língua "são muito incipientes", mas lembrou de uma palavra apropriada à ocasião, usada pelos atores de teatro para desejarem sorte: "merde"



11 de Junho de 2014 às 14:58

Marco Aurélio critica expulsão ordenada por JB

Marco Aurélio critica expulsão ordenada por JB


quarta-feira, 11 de junho de 2014

OS DESMANDOS DA GESTÃO PUBLICA NO BRASIL

OS DESMANDOS DA GESTÃO PUBLICA NO BRASIL





A administração publica no Brasil necessita de profundas mudanças na sua condução, e aí se inclui a implantação de uma gestão técnica focada em obter resultados positivos para a sociedade, não é possível que União, Estados e Municípios continuem praticando uma gestão amadora como a que ora se ver nas três esferas de governo, o que se nota é uma necessidade premente de profissionalização dos servidores que militam no setor público, a atuação profissional desta gente com certeza vai ao encontro das dificuldades cotidianas vividas pela população.
O sistema politico vigente que permite a reeleição tem agravado o quadro da gestão pública brasileira, isto se dá em razão do fatiamento dos cargos, barganhados com legendas sem qualquer compromisso administrativo, apenas por interesses de pendurarem seus filiados nos cabides da administração pública, como se o poder público fosse só um detalhe.
Existem gestores que não decidem nada em determinados Ministérios, Secretarias Estaduais e Municipais, nem mesmo em Departamentos, não têm nenhum poder de decisão, o menor dos subalternos se quer dão satisfação dos seus atos, ao Chefe imediato quisá ao diato.
A prática da corrupção que ora vem a publico não é de hoje, são práticas seculares de politicagens acordadas entre legendas esdrúxulas, compostas por gentes inescrupulosas em busca de se firmarem no cenário publico, mesmo sem a mínima condição intelectual ou moral para tal.
Em todos os níveis de governo o amadorismo prevalece, pessoas ocupam cargos relevantes sem qualquer nível de conhecimento, e se apropriam do poder como se delas fossem, e assim acham – se soberanas e intocáveis, blindadas pelas barganhas com extensão dos gestores incompetentes e fracos que assolam os rincões deste país.
 O resultado de tudo isto são os absurdos praticados pelo Estado contra a população, falta de respeito ao cidadão que necessita de auxilio, desacato as pessoas humildes, maus tratos a quem deveria ser tratado com zelo, tudo isto é o reflexo dos acertos políticos, onde prevalece a ganancia pelo poder a todo custo, ou seja, os fins não importando os meios.
Sem qualquer ponta de pessimismo não se vislumbra no horizonte da gestão publica brasileira ações que tirem do amadorismo anacrônico a prática do “quem indica”, isto porque temos uma cultura política atrasada herança das castas colonizadoras enclausuradas no coronelismo e na republica do café com leite.

Por GERALDO GAMA

Pedagogo/Especialista em Gestão Pública

11 DE JUNHO, 2014 - 07H34 - BRASIL Municípios paraenses perdem dinheiro para investimento Municípios recebem primeira parcela de junho do FPM Por: Rafael Querrer (Sucursal Brasília)

11 DE JUNHO, 2014 - 07H34 - BRASIL

Municípios paraenses perdem dinheiro para investimento

Municípios recebem primeira parcela de junho do FPM

Por: Rafael Querrer (Sucursal Brasília)


O Ministério da Saúde suspendeu a transferência de recursos para 21 cidades do Estado do Pará. Deacordo com o informado pela pasta, as administrações municipais não declararam os gastos com saúde noSistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). As prefeituras deixarão de receber, no total líquido, R$ 6,9 milhões. Esse dinheiro está relacionado às transferências voluntárias e constitucionais da União para municípios e Estados, conforme previsto na Lei Complementar nº 141/2012 e compõe, portanto, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Ao todo, 245 municípios brasileiros terão suspensos mais R$ 101 milhões.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) acredita  que a medida adotada pelo Ministério da Saúde extrapola a Lei Complementar nº 141/2102. Isso se dá por interpretação da legislação e a aplicação do Decreto nº 7.827/2012. “De acordo com a Lei Complementar, a suspensão dos recursos só ocorrem quando o Ente deixar de cumprir as regras do condicionamento, o que não é o caso”, diz Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.

Para a Confederação, o fato de não informar ou homologar os dados do Siops não são motivo legal para a suspensão das transferências, uma vez que a própria legislação faz a previsão de que outras formas de fiscalização e acompanhamento dos investimentos em saúde são preservados, como no casos dos órgãos de controle, como os Tribunais de Contas. Os investimentos em saúde também podem, segundo a CNM, ser fiscalizados pelo Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), disponíveis à Secretaria doTesouro Nacional (STN).
A entidade não concorda com a medida adotada pelo Ministério da Saúde em relação as transferências constitucionais e, alerta o governo federal quanto ao "caos" que poderá ser causado na saúde brasileira. Além do subfinanciamento dos programas federais já comprovados pelos estudos publicados pela CNM e da ausência da metodologia de transferências dos recursos federais e estaduais para os municípios, a suspensão dos poucos recursos das transferências constitucionais inviabilizará, de acordo com a Confederação, a manutenção das ações e serviços de saúde.
Municípios recebem primeira parcela de junho do FPMO governo federal anunciou ontem, também, a transferência, aos municípios paraenses, da primeira parcela de junho de 2014 do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no total de R$ 10,8 milhões. Esse valor é R$ 289 milhões superior ao montante repassado aos cofres das cidades no primeiro pagamento de junho de 2013. A verba depositada ontem corresponde à primeira sequência de dez dias do mês atual - o primeiro decêndio. A soma distribuída entre todas as cidades do País, nesse decêndio, foi de R$ 3 bilhões, já com o desconto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O FPM é uma transferência constitucional da União para os Estados e o Distrito Federal, composto de 22,5% da arrecadação do IR e do IPI. O dinheiro é repartido entre os municípios seguindo normas legitimadas legalmente e acompanhadas pelo Tesouro Nacional, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e também pela Receita Federal. O cálculo para chegar aos valores repassados às cidades leva em consideração, entre outras questões, como a renda per capta, o tamanho e a localização da cidade, a faixa de habitantes. O resultado da conta gera coeficientes entre os quais são divididas as cidades e acertadas as somas a serem recebidas por cada prefeitura.
Os coeficientes variam de 0,6 a 3,6, sempre de 0,2 em 0,2 ponto. Quanto menor o coeficiente, menor a população. No Pará, a distribuição dos valores variou de R$ 216,9 mil (coeficiente 0,6) a R$ 1,2 milhão (coeficiente 3,6), em relação ao pagamento da primeira parcela do FPM.
Estimativa da CNM indica que o primeiro repasse nacional do mês  vai ser 1,6% menor do que o repasse feito em 2013. Isso em termos brutos e nominais, e sem considerar a inflação. Em termos reais e em relação ao ano passado (R$ 2,4 bilhões) , o Fundo apresentou redução de 7,3%. Ainda segundo levantamento da Confederação, o FPM apresenta crescimento de 4,8%, no acumulado de 2014, em termos reais. Com esse novo repasse, o Fundo soma R$ 38,624 bilhões até agora, enquanto o acumulado foi de R$ 36,854 bilhões no mesmo período do ano anterior.
A previsão da Receita Federal do Brasil (RFB) é de que o repasse do Fundo de junho será 16% menor do que o de maio. No entanto, essa é apenas uma estimativa, e está sujeita a alterações. A CNM lembra osgestores municipais que de junho a outubro, historicamente, o Fundo tem o repasse menor. O conselho é para que façam o controle das despesas a fim de enfrentar os próximos meses. 

PR confirma apoio à candidatura de Helder

O Partido da República (PR) confirmou ontem que vai apoiar a candidatura do peemedebista Helder Barbalho ao governo do Pará. Com isso, a principal chapa de oposição ao governo do Estado passará a contar com onze legendas.
Uma das principais lideranças do PR no Estado e secretário Executivo do Ministério dos Transportes, Anivaldo Vale disse que a decisão foi tomada após analisar a conjuntura. “Neste momento, o Helder é o melhor para o Pará”, disse, afirmando que, na chapa do lado do governador, “as coisasparecem meio confusas”.
“Há conflitos de toda ordem”, disse Vale, se referindo aos tucanos, horas depois do senador Mário Couto anunciar que irá para convenção bater chapa com o governador Simão Jatene, o que significa que haverá disputa até mesmo em torno de quem será o candidato da situação ao governo. Vale destacou também que já havia um relacionamento próximo das legendas que compõem a oposição ao atual governo no Pará. “Sempre tivemos um tratamento respeitoso”.

PARTIDO
O PR é o quarto maior partido do Pará, atrás apenas do PSDB, PMDB e PT. A legenda tem 14 prefeitos, onze vices, mais de uma centena de vereadores, além de um deputado federal (Lúcio Vale) e um deputado estadual (Júnior Hage). “A chegada do PR representa um ganho fundamental para a nossa aliança. É uma força importante, tem presença significativa no Estado e será de grande contribuição”, disse o pré-candidato Helder Barbalho.
O grupo encabeçado pelo PMDB de Helder Barbalho é a principal força da oposição ao governo do tucano Simão Jatene. Além de PMDB, PT, DEM, e do recém-chegado PR, a aliança já conta com outros sete partidos (PDT, Pros, PC do B, PHS, PSL, PTN e PPL) .
A chapa já está praticamente formada. A vaga ao Senado será disputada pelo ex-deputado Paulo Rocha, do PT. O candidato a vice virá de Santarém. Será o deputado federal Joaquim Lira Maia, do DEM. As conversas com outras legendas continuam e novos apoios podem ser anunciados ainda nesta semana. O prazo para que partidos e coligações oficializem suas chapas, em convenção, termina no próximo dia 30.
(Diário do Pará)

Senador criticou atual direção do PSDB

Durante o anúncio, Mário Couto não poupou críticas a atual direção do PSDB. Disse que o partido está desestruturado e perdendo apoios, como ocorreu com o DEM, aliado histórico dos tucanos e que desembarcou na chapa do PMDB, encabeçada por Helder Barbalho. “Nós estamos no dia 10 e ainda não resolvemos nem a vaga do Senado dentro do partido, enquanto outros já estão lá na frente”, disse, ressaltando que apelará aos descontentes com os atuais rumos do PSDB no Estado para tentar vencer a convenção marcada para 30 de junho, último dia do prazo para que as legendas oficializem suas candidaturas. 
Irônico, Couto disse que sua decisão tinha o objetivo de deixar o governador à vontade para apoiar o vice Helenilson Pontes. “Ele (Jatene) pode tirar um senador praticamente eleito do PSDB, jogar fora a candidatura de alguém considerado para dar para quem não é do nosso partido, que não tem militância. Quero deixa-lo à vontade”. 
RACHA
Indagado se o racha não pode acabar atrapalhando o PSDB, Couto diz que a disputa na convenção é um fato novo que, ao invés de enfraquecer, vai acordar os tucanos. “O lançamento da minha candidatura é uma coisa nova e vai trazer novo alento ao partido que vive uma morosidade nos dias de hoje”, disse, garantindo que sua decisão é praticamente irreversível. 
De Brasília, o presidente estadual do PSDB, senador Fernando Flexa Ribeiro disse que foi surpreendido pelo anúncio. “É um direito que ele tem, mas o candidato do PSDB é o Simão Jatene”, afirmou, para em seguida reiterar, contudo, que se Couto levar a pré-candidatura ao governo até a convenção não há como impedir a disputa interna. “Faz parte do processo democrático.” 
O presidente do PSDB disse que ainda vai conversar com o senador tão logo volte para Belém. “Vou procurar saber o que o levou a tomar essa decisão”. 
(Diário do Pará)




A crise interna que há meses vinha se desenhando no PSDB - partido do governador Simão Jatene - atingiu seu ápice. A legenda está oficialmente rachada após o senador tucano Mário Couto anunciar que abrirá mão de concorrer à reeleição. Em vez de tentar voltar ao Senado, Couto irá para a convenção bater chapa com Jatene na disputa pela vaga de candidato ao governo.
O anúncio foi feito na tarde de ontem, na sede do diretório estadual do PSDB em Belém. Acompanhado do advogado Sábato Rossetti, o senador oficializou, ao partido, a decisão. “Ele (Couto) reúne todas as condições de elegibilidade, é líder do PSDB no Congresso e, portanto, tem todo o direito de ir para convenção (disputar a candidatura ao governo)”, disse Sábato. “Eu estarei na convenção batendo chapa com Simão Jatene. Aquele que tiver mais votos dos convencionais será o candidato do PSDB”, anunciou o senador.
A decisão de Couto é o capítulo mais tenso da novela tucana que já teve direito a traições, aceno de reconciliações, discussões acaloradas que quase terminaram em agressão física e, agora, chega ao rompimento público.
Jatene e Couto começaram a se estranhar desde que o governador começou a emitir sinais de que apoiaria mais de um candidato da base aliada na disputa ao Senado o que, na prática, colocaria em jogo a reeleição do senador, já que neste ano há apenas uma vaga em disputa. Couto, que esperava ser o único candidato ao Senado na coligação encabeçada pelo PSDB, se viu às voltas com o apoio de Jatene ao vice-governador Helenilson Pontes, seu preferido à disputa.

BRIGA
ponto alto da briga foi em uma reunião no escritório do senador Fernando Flexa Ribeiro, presidente estadual do PSDB. Couto que não havia sido convidado, chegou de surpresa, bateu boca com Jatene e chegou a avançar para cima do governador, sendo contido pelos presentes. 
Nos últimos dias, ainda com esperança de que o governador voltasse atrás, o senador manteve-se em silêncio e chegou a afirmar aos jornalistas que o procuraram que a situação estava em vias de ser pacificada, mas diante do avanço de Pontes sobre suas bases eleitorais, resolveu partir para o tudo ou nada. 
“Já trabalhei muito pelo partido e, neste momento, tudo o que preciso é de uma vaga para disputar o Senado. Mas através do seu governador, ele diz que tem que ter mais de um candidato para garantir um tempo maior de televisão. E o que vai sobrar para o candidato do PSDB (ao Senado)? Apenas um minuto de palanque eletrônico. Se eu não tenho condições porque não me querem dar a vaga, tenho direito de ser candidato ao governo”, explicou o senador, que fez os cálculos da divisão do tempo na propaganda eleitoral e concluiu que, com mais de um candidato na base aliada ficaria com pouco tempo para a campanha. “Mal poderei dizer ‘meu nome é Enéas’”, brincou se referindo ao candidato, à presidência que ficou famoso pelas frases rápidas que proferia na TV.