sexta-feira, 22 de abril de 2016






Estamos assistindo uma saraivada de perseguições ao governo da Presidenta Dilma. Talvez, a direita extremista sai vencedora mais uma vez, e a classe menos favorecida tenha que pagar o preço pelo capricho de uma elite insaciável , e de uma classe política indecorosa, voltada para seus interesses individuais, que se manteve no poder por quinhentos  e dois anos e não se conforma em perder influencias, tudo isto a um custo altíssimo para a infraestrutura pública, que certamente arcará com o ônus da saga midiática insatisfeita com possíveis regulamentações das suas atuações, apelidadas de "liberdade de expressão", fato que alguns conglomerados jornalísticos, à beira da falência não aceitam.
Uma crise institucional já se deflagra no alvorecer do amanhã político deste país, certamente, será de grandes proporções, haja vista todas as instituições do Brasil estarem comprometidas com a indecência ética e sem condições morais para emitirem juízo de valor entre si. Tudo se dá em sob a tutela de grandes grupos econômicos, de juízes, além de várias  siglas partidárias, abrigo de parlamentares nefastos, sem qualquer identidade com o povo.
O fato é que existe um déficit de desconfiança da sociedade brasileira em todos de todos os seguimentos, pois quase todas as instituições brasileiras estão contaminando a incipiente democracia brasileira, podendo ocorrer um retrocesso nas conquistas obtidas com a promulgação da Constituição de 1988, o que seria lamentável para a sociedade, especialmente as classes menos favorecidas do ponto de vista econômico como também com as Instituições internacionais.

A Falta de Líderes
A carência de verdadeiros líderes políticos, homens públicos comprometidos com a ética, a moral, a decência e o desenvolvimento do país tem contribuído para que aproveitadores se apossem do poder e pratiquem todo tipo de ilicitudes, sem se importarem com os resultados das suas ações.
Diante disto vê – se o colegiado imoral de uma das casas do parlamento, onde a maioria praticou senas patéticas num ambiente que deveria ser respeitado, caso todos fossem homens sérios e serenos, todavia, veio abaixo qualquer reverência a um colegiado indigno de representar a sociedade brasileira.
A Câmara dos Deputados chegou ao extremo de se submeter a um Presidente acusado de corrupto, sonegador de impostos, chantagista, e outros adjetivos, lá os que ainda não traíram seus princípios estão ficando sem ambiente para cumprirem o mandado que o povo lhes confiou, pois sentem que a honradez ali é tratada como atraso. É lamentável que homens e mulheres com muitos anos de casa, pulverizados em de todos os tipos de credos, crenças e posições sociais se curvem a um campeão de acusações infames como Cunha.
As manchetes de todos os jornais estampam um Deputado do PMDB, anunciando que seu Presidente Eduardo Cunha deve ser compensado por uma anistia ao conduzir o processo nefasto de afastamento da Presidenta da República, eleita por 54 milhões de votos. Não significa que se houvesse crime de responsabilidades a Presidenta não fosse condenada, mas conforme muitos dos que votaram a favor da continuidade do processo negam não haver crime nenhum, o que existe é uma salada de interesses particulares como o fim da lava jato, pois mais de duzentos dos que votaram sim tem seus nomes em listas de pagamentos. Pagamentos, não doações.

Os Vícios do Judiciário
Quando se fala nas Instituições não se isentam quase nenhuma, o STF, guardião da Constituição Federal, já não tem isenção de juízo, como Corte Suprema se atém a pequenices, deixando de verdadeiramente cumprir seu papel como Órgão máximo da Justiça Brasileira, e se autodiminui, sufocado por ministros sem qualquer notoriedade jurídica como Toffoli entre outros e outras.

O Estatuto da Magistratura assim como a Carta Magna estão sendo rasgados, e de forma acelerada vêm perdendo o poder de normas condutoras, sendo interpretadas apenas quando as conveniências assim lhe aprouverem. O cidadão comum que habita nos rincões deste país há muito já perdeu a confiança na justiça, processos prescrevem sem pronunciamento da justiça, liminares se tornam sentenças, juízes se pronunciam todos os instantes fora dos autos, em fim uma vergonha.   

Cooptação e Cooptados
Por outro lado, os Poderes Executivos em todos os níveis de Governo praticam o clientelismo político, com barganhas vergonhosas, tudo para se manterem no controle absoluto de tudo, e implantar seus caprichos e vontades, sem qualquer contraditório. União, Estados e Municípios dado as proporções se utilizam das mesmas práticas esclusas do cooptação de aliados e com isto entra num círculo vicioso, fortalecendo a teia da corrupção.
Os Executivos não sabem governar sem apoio da maioria dos parlamentos, e para conquistarem esta maioria não medem esforços no sentido de cooptarem aos que se predispõem a se darem bem no mandato, instrumento utilizado para os deleites próprios e de apaniguados. Esta prática vem tornando governos reféns de partidos políticos, que a cada dia cobram mais e mais pelo um suposto apoio, mas quando se veem diante de quem dar mais fogem, coisas típicas de covardes.
O PT está sendo vítima da sua “abrangente” aliança. Partidos subservientes do grande poder econômico, jamais poderiam ser considerados aliados, mas serem tratados como oportunistas, bastava chamar o povo e eles se sucumbiriam, pois são compostos na sua maioria por ratazanas sem ideais, nem projeto para o desenvolvimento do país.
Geraldo Gama





segunda-feira, 18 de abril de 2016

Marido de deputada que votou 'Sim' e contra corrupção é preso por corrupção Raquel Muniz (PSD-MG) dedicou voto a prefeito de Montes Claros: "Brasil tem jeito"
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Menos de 24 horas depois de votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff e discursar contra a corrupção no Plenário da Câmara, a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) se tornou primeira-dama de um prefeito preso por corrupção. Ruy Adriano Borges Muniz (PSB), prefeito de Montes Claros (MG) foi preso nesta segunda-feira (18) pela Polícia Federal, em Brasília, na operação "Máscara da Sanidade II - Sabotadores da Saúde".
Na noite deste domingo, a parlamentar citou o marido como um exemplo de que "o Brasil tem jeito". Raquel, que votou com um enfático, "Sim, sim sim!", dedicou o voto a familiares e ao prefeito: "Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. É para dizer que o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão".