sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Jean Wyllys elogia programa de Marina


As propostas defendidas por Marina, segundo o deputado, "dão um chega pra lá no fundamentalismo religioso" e podem ajudar a aproximá-la do eleitorado LGBT. "Fico feliz que ela não tenha fugido da raia", comentou o deputado.
Evangélica da Assembleia de Deus, Marina incluiu em seu programa de governo a defesa do casamento civil igualitário e se comprometeu em apoiar projetos em tramitação no Congresso Nacional, como o que equipara a discriminação baseada na orientação sexual e na identidade de gênero à legislação que trata da discriminação em razão da cor, etnia, nacionalidade e religião.
O programa se compromete também com o projeto de lei sobre identidade de gênero - que regulamenta o direito ao reconhecimento de gênero de "pessoas trans" e que dispensa a autorização judicial, laudos médicos e psicológicos, cirurgias e hormonioterapias.
Wyllys considerou um "avanço" o acolhimento de propostas como a eliminação de obstáculos para adoção de crianças por casais homoafetivos, além da inclusão do combate ao bullying e à homofobia no Plano Nacional da Educação.
O parlamentar concluiu que o programa de Marina é semelhante ao apresentado pela candidata do PSOL, Luciana Genro. "Ela (Marina) é corajosa, só resta implementar", disse.
O deputado lembrou que na campanha de 2010, a presidente Dilma Rousseff também apresentou uma pauta voltada para o público LGBT, mas não teve força para superar o conservadorismo de sua base aliada no Congresso.
Entre os 10 pontos apresentados no programa, Marina defende a normatização do conceito de homofobia na administração pública e a criação de mecanismos para aferir os crimes de natureza homofóbica; a ampliação da oferta de tratamentos e serviços de saúde que atendam às demandas da população LBGT no SUS; a garantia de ingresso desse setor no mercado de trabalho através de cursos e oportunidades de capacitação; além de dar efetividade ao Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LBGT.
O parlamentar lembrou que parte dos candidatos tem procurado se aproximar do eleitorado LGBT e feito "sinalizações eleitorais" nos últimos pleitos.
"Quando a gente vê um candidato (apoiando essas ideias) que em outros momentos se mostravam reticentes, é porque eles sabem que têm que dialogar com este segmento", concluiu.
Em seu programa de governo como candidata à Presidência pelo PV em 2010, Marina se comprometia apenas com a luta contra a discriminação "étnica, religiosa, racial, homofobia, sexismo ou outras" e previa a criação de espaço próprio de participação política para o grupo com o objetivo de atender às demandas do segmento.
Este ano, sob influência do setorial LGBT do PSB, o então candidato Eduardo Campos havia se comprometido em incluir propostas mais específicas para essa população.

Programa de Marina defende que casamento gay vire lei na Constituição

Programa de Marina defende que casamento gay vire lei na Constituição
Por Vitor Sorano - iG São Paulo* | 29/08/2014 18:48 - Atualizada às 29/08/2014 20:12
Texto
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Presidenciável do PSB lançou programa de governo nesta sexta em São Paulo; veja principais pontos
Candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva apresentou nesta sexta-feira (29) o seu programa de governo, em São Paulo. Em seu discurso, a ex-senadora apresentou seu desempenho nas eleições de 2010 e a comoção com a morte de Eduardo Campos como expressões do mesmo movimento que resultou nos protestos de junho de 2013 no País.
“A sociedade brasileira é que está fazendo a mudança. A sociedade mandou um sinal. Em 2010, a sociedade me deu 20 milhões de votos. Depois vieram as manifestações de junho [de 2013]. Agora uma liderança morre e a sociedade descobre depois... é há uma comoção nacional”, disse Marina.
Entre outros pontos, o programa de Marina defende que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo se torne uma lei na Constituiação, a unificação do calendário geral das eleições, o fim da reeleição e a adoção do mandato de cinco anos.
Leia mais: 
O casamento gay é permitido em todo o Brasil por decisão de maio de 2013 do Conselho Nacional de Justiça. O orgão deteminou que todos os cartórios do País aceitassem a união civil entre civil entre pessoas do mesmo sexo. Apesar disso, ainda não há uma lei sobre a questão. 
Questionada a falar sobre a proposta do casamento gay, Marina afirmou: "O nosso compromisso é que os direitos civis das pessoas sejam respeitados. Nós guardamos o respeito com o Estado laico". 
Marina evitou citar diretamente a homossexualidade durante todo o evento. Coube a Neca Setúbal, coordenadora do programa, falar sobre o "direito civil da população LGBT". O cuidado de Marina explica-se pela representatividade dos evangélicos no seu eleitorado.
A legalização da maconha foi outro assunto que Marina evitou falar diretamente. O assunto inclusive não está em seu programa de governo. Apesar disso, a candidata disse que não ignora o tema. 
 "Não está no programa. Mas estamos comprometidos com o debate. Eu em 2010 defendi um plebiscito", disse Marina, ressaltando que vê o problema da droga comoquestão de saúde pública.
Veja os principais pontos do programa de Marina Silva:
CASAMENTO GAY
- Apoiar propostas em defesa do casamento civil igualitário, com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil
POLÍTICA ECONÔMICA
- Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional
- Trabalhar com metas de inflação críveis e gerar os superávits necessários para assegurar o controle da inflação
-Acabar com a maquiagem das contas e corrigir os preços administrados
- Taxa de câmbio livre, sem intervenção do BC, salvo as "ocasionalmente necessárias para eliminar excessos pontuais de volatilidade"
REFORMA TRIBUTÁRIA
- Envio de uma proposta de emenda constitucional ao Congresso que reformule o sistema tributário visando não aumentar a carga, simplificar tributos, eliminação da regressividade e redução da taxação dos investimentos.
ENERGIA
- Expandir o mercado livre de energia, de modo que pequenos consumidores também possam negociar seu suprimento.
- Aumento da eficiência energética e priorização de fontes renováveis, como solar, eólica, de biomassa, geotermal e de marés.
- Redução do uso de combustíveis fósseis
- Construção de 1 milhão de casas com sistemas de autogeração de energia a partir de painéis solares fotovoltaicos e ter 3 milhões de casas com aquecimento solar de água até 2018
REFORMA POLÍTICA E PARTICIPAÇÃO POPULAR
- Unificação do calendário geral das eleições, o fim da reeleição e a adoção do mandato de cinco anos.
- Possibilidade de candidaturas avulsas aos cargos proporcionais mediante atendimento de requisitos a definir.
- Permitir a convocação de plebiscitos e referendos pelo povo e facilitar a iniciativa popular de leis, mediante redução das assinaturas necessárias.
- Propor o fortalecimento dos mecanismos de transparência nas doações para campanhas eleitorais.
LOGÍSTICA
- Recorrer mais fortemente a parcerias público-privadas (PPPs) e a licitações de concessões
ESTATAIS
-  Eliminar a prática de usá-las como instrumento de política macroeconômica.
POLÍTICA EXTERNA
- Reacender o dinamismo nas trocas com os Estados Unidos e com a União Europeia e fundar novos padrões de comércio com a China.
- É preciso propor mudanças no Mercosul, investir em negociações com outros países e fechar acordos com cronogramas diferenciados.
BOLSA FAMÍLIA
- Transformar o programa Bolsa Família em política pública de Estado, assegurando sua continuidade mesmo com as alternâncias de governo * Incluir no programa todas as famílias cujo perfil preencha os critérios do programa, estimadas hoje em 10 milhões.


Programa de Marina defende que casamento gay vire lei na Constituição

Por Vitor Sorano - iG São Paulo* | 29/08/2014 18:48 - Atualizada às 29/08/2014 20:12

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Presidenciável do PSB lançou programa de governo nesta sexta em São Paulo; veja principais pontos
Candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva apresentou nesta sexta-feira (29) o seu programa de governo, em São Paulo. Em seu discurso, a ex-senadora apresentou seu desempenho nas eleições de 2010 e a comoção com a morte de Eduardo Campos como expressões do mesmo movimento que resultou nos protestos de junho de 2013 no País.
“A sociedade brasileira é que está fazendo a mudança. A sociedade mandou um sinal. Em 2010, a sociedade me deu 20 milhões de votos. Depois vieram as manifestações de junho [de 2013]. Agora uma liderança morre e a sociedade descobre depois... é há uma comoção nacional”, disse Marina.
Entre outros pontos, o programa de Marina defende que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo se torne uma lei na Constituiação, a unificação do calendário geral das eleições, o fim da reeleição e a adoção do mandato de cinco anos.
Leia mais: 
O casamento gay é permitido em todo o Brasil por decisão de maio de 2013 do Conselho Nacional de Justiça. O orgão deteminou que todos os cartórios do País aceitassem a união civil entre civil entre pessoas do mesmo sexo. Apesar disso, ainda não há uma lei sobre a questão. 
Questionada a falar sobre a proposta do casamento gay, Marina afirmou: "O nosso compromisso é que os direitos civis das pessoas sejam respeitados. Nós guardamos o respeito com o Estado laico". 
Marina evitou citar diretamente a homossexualidade durante todo o evento. Coube a Neca Setúbal, coordenadora do programa, falar sobre o "direito civil da população LGBT". O cuidado de Marina explica-se pela representatividade dos evangélicos no seu eleitorado.
A legalização da maconha foi outro assunto que Marina evitou falar diretamente. O assunto inclusive não está em seu programa de governo. Apesar disso, a candidata disse que não ignora o tema. 
 "Não está no programa. Mas estamos comprometidos com o debate. Eu em 2010 defendi um plebiscito", disse Marina, ressaltando que vê o problema da droga comoquestão de saúde pública.
Veja os principais pontos do programa de Marina Silva:
CASAMENTO GAY
- Apoiar propostas em defesa do casamento civil igualitário, com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil
POLÍTICA ECONÔMICA
- Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional
- Trabalhar com metas de inflação críveis e gerar os superávits necessários para assegurar o controle da inflação
-Acabar com a maquiagem das contas e corrigir os preços administrados
- Taxa de câmbio livre, sem intervenção do BC, salvo as "ocasionalmente necessárias para eliminar excessos pontuais de volatilidade"
REFORMA TRIBUTÁRIA
- Envio de uma proposta de emenda constitucional ao Congresso que reformule o sistema tributário visando não aumentar a carga, simplificar tributos, eliminação da regressividade e redução da taxação dos investimentos.
ENERGIA
- Expandir o mercado livre de energia, de modo que pequenos consumidores também possam negociar seu suprimento.
- Aumento da eficiência energética e priorização de fontes renováveis, como solar, eólica, de biomassa, geotermal e de marés.
- Redução do uso de combustíveis fósseis
- Construção de 1 milhão de casas com sistemas de autogeração de energia a partir de painéis solares fotovoltaicos e ter 3 milhões de casas com aquecimento solar de água até 2018
REFORMA POLÍTICA E PARTICIPAÇÃO POPULAR
- Unificação do calendário geral das eleições, o fim da reeleição e a adoção do mandato de cinco anos.
- Possibilidade de candidaturas avulsas aos cargos proporcionais mediante atendimento de requisitos a definir.
- Permitir a convocação de plebiscitos e referendos pelo povo e facilitar a iniciativa popular de leis, mediante redução das assinaturas necessárias.
- Propor o fortalecimento dos mecanismos de transparência nas doações para campanhas eleitorais.
LOGÍSTICAPrograma de Marina defende que casamento gay vire lei na Constituição
Por Vitor Sorano - iG São Paulo* | 29/08/2014 18:48 - Atualizada às 29/08/2014 20:12
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Presidenciável do PSB lançou programa de governo nesta sexta em São Paulo; veja principais pontos
Candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva apresentou nesta sexta-feira (29) o seu programa de governo, em São Paulo. Em seu discurso, a ex-senadora apresentou seu desempenho nas eleições de 2010 e a comoção com a morte de Eduardo Campos como expressões do mesmo movimento que resultou nos protestos de junho de 2013 no País.
“A sociedade brasileira é que está fazendo a mudança. A sociedade mandou um sinal. Em 2010, a sociedade me deu 20 milhões de votos. Depois vieram as manifestações de junho [de 2013]. Agora uma liderança morre e a sociedade descobre depois... é há uma comoção nacional”, disse Marina.
Entre outros pontos, o programa de Marina defende que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo se torne uma lei na Constituiação, a unificação do calendário geral das eleições, o fim da reeleição e a adoção do mandato de cinco anos.
Leia mais: 
O casamento gay é permitido em todo o Brasil por decisão de maio de 2013 do Conselho Nacional de Justiça. O orgão deteminou que todos os cartórios do País aceitassem a união civil entre civil entre pessoas do mesmo sexo. Apesar disso, ainda não há uma lei sobre a questão. 
Questionada a falar sobre a proposta do casamento gay, Marina afirmou: "O nosso compromisso é que os direitos civis das pessoas sejam respeitados. Nós guardamos o respeito com o Estado laico". 
Marina evitou citar diretamente a homossexualidade durante todo o evento. Coube a Neca Setúbal, coordenadora do programa, falar sobre o "direito civil da população LGBT". O cuidado de Marina explica-se pela representatividade dos evangélicos no seu eleitorado.
A legalização da maconha foi outro assunto que Marina evitou falar diretamente. O assunto inclusive não está em seu programa de governo. Apesar disso, a candidata disse que não ignora o tema. 
 "Não está no programa. Mas estamos comprometidos com o debate. Eu em 2010 defendi um plebiscito", disse Marina, ressaltando que vê o problema da droga comoquestão de saúde pública.
Veja os principais pontos do programa de Marina Silva:
CASAMENTO GAY
- Apoiar propostas em defesa do casamento civil igualitário, com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil
POLÍTICA ECONÔMICA
- Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional
- Trabalhar com metas de inflação críveis e gerar os superávits necessários para assegurar o controle da inflação
-Acabar com a maquiagem das contas e corrigir os preços administrados
- Taxa de câmbio livre, sem intervenção do BC, salvo as "ocasionalmente necessárias para eliminar excessos pontuais de volatilidade"
REFORMA TRIBUTÁRIA
- Envio de uma proposta de emenda constitucional ao Congresso que reformule o sistema tributário visando não aumentar a carga, simplificar tributos, eliminação da regressividade e redução da taxação dos investimentos.
ENERGIA
- Expandir o mercado livre de energia, de modo que pequenos consumidores também possam negociar seu suprimento.
- Aumento da eficiência energética e priorização de fontes renováveis, como solar, eólica, de biomassa, geotermal e de marés.
- Redução do uso de combustíveis fósseis
- Construção de 1 milhão de casas com sistemas de autogeração de energia a partir de painéis solares fotovoltaicos e ter 3 milhões de casas com aquecimento solar de água até 2018
REFORMA POLÍTICA E PARTICIPAÇÃO POPULAR
- Unificação do calendário geral das eleições, o fim da reeleição e a adoção do mandato de cinco anos.
- Possibilidade de candidaturas avulsas aos cargos proporcionais mediante atendimento de requisitos a definir.
- Permitir a convocação de plebiscitos e referendos pelo povo e facilitar a iniciativa popular de leis, mediante redução das assinaturas necessárias.
- Propor o fortalecimento dos mecanismos de transparência nas doações para campanhas eleitorais.
LOGÍSTICA
- Recorrer mais fortemente a parcerias público-privadas (PPPs) e a licitações de concessões
ESTATAIS
-  Eliminar a prática de usá-las como instrumento de política macroeconômica.
POLÍTICA EXTERNA
- Reacender o dinamismo nas trocas com os Estados Unidos e com a União Europeia e fundar novos padrões de comércio com a China.
- É preciso propor mudanças no Mercosul, investir em negociações com outros países e fechar acordos com cronogramas diferenciados.
BOLSA FAMÍLIA
- Transformar o programa Bolsa Família em política pública de Estado, assegurando sua continuidade mesmo com as alternâncias de governo * Incluir no programa todas as famílias cujo perfil preencha os critérios do programa, estimadas hoje em 10 milhões.

- Recorrer mais fortemente a parcerias público-privadas (PPPs) e a licitações de concessões
ESTATAIS
-  Eliminar a prática de usá-las como instrumento de política macroeconômica.
POLÍTICA EXTERNA
- Reacender o dinamismo nas trocas com os Estados Unidos e com a União Europeia e fundar novos padrões de comércio com a China.
- É preciso propor mudanças no Mercosul, investir em negociações com outros países e fechar acordos com cronogramas diferenciados.
BOLSA FAMÍLIA
- Transformar o programa Bolsa Família em política pública de Estado, assegurando sua continuidade mesmo com as alternâncias de governo * Incluir no programa todas as famílias cujo perfil preencha os critérios do programa, estimadas hoje em 10 milhões.


Moradores encontram criatura misteriosa e desconhecida em praia





Sem olhos ou boca visíveis, nenhum membro, com 25 centímetros de comprimento e cheiro muito ruim, uma criatura desconhecida foi encontrada na praia de Mudjimba, na Austrália.  As informações são do Metro.

"Eu o coloquei em um balde de água salgada. Definitivamente, não se trata de uma planta. É esponjoso e cheira mal", afirmou Debbie Higgs, moradora responsável por encontrar o animal. Parecida com uma água-viva, a criatura não foi identificada até o momento.

BLOG DO GERALDO GAMA: POLITICA 2014

BLOG DO GERALDO GAMA: POLITICA 2014

POLITICA 2014

PF cita Serra como 'investigado' no cartel dos trens



(Foto: Estadão Conteúdo)


A Polícia Federal classificou o ex-governador José Serra (PSDB) como "investigado" no caso do cartel dos trens. Ao solicitar "ordem de missão" a fim de intimar 28 pessoas para serem ouvidas em um inquérito que apura a combinação de preços entre multinacionais a fim de obter vantagens em contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante os governos tucanos em São Paulo, o delegado Milton Fornazari Junior, que comanda as investigações, incluiu o tucano no rol de "investigados" do caso

É a primeira vez que a Polícia Federal confere esse rótulo a Serra desde que deu início ao rastreamento sobre suposto ajuste entre as empresas.

A expressão "investigado" consta do memorando 8793/2014, datado de 5 de agosto e embutido nos autos do inquérito 0099/2014-11, da Delegacia de Combate a Ilícitos Financeiros (Delefin). Anteriormente, nunca a PF tinha feito esse tipo de menção ao tucano.


Delegado chama Serra para depor sobre cartel
Serra pede para eleitor 'manter a esperança' em Aécio

O mesmo documento chama de "investigados" outras 27 pessoas, incluindo dirigentes e ex-diretores do Metrô e da CPTM e executivos de empresas supostamente envolvidas com o cartel no setor metroferroviário.

Segundo acordo de leniência firmado pela Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em maio de 2013, o cartel atuou no período entre 1998 e 2008, em São Paulo, durante os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, e no Distrito Federal, na gestão José Roberto Arruda (ex-DEM, atual PR).

Serra governou São Paulo entre 2007 e 2010. Ele foi intimado para depor em 7 de outubro, dois dias depois do 1.º turno das eleições - Serra é candidato ao Senado e lidera as pesquisas de intenção de voto. A PF o chamou porque um ex-executivo da Siemens, Nelson Marchetti, sugeriu que ele teria intercedido em favor da espanhola CAF em concorrência internacional para aquisição de 384 carros pela CPTM, entre 2007 e 2009.

Arquivamento
A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo já arquivou investigação de âmbito civil sobre esses fatos.

No capítulo sobre a concorrência internacional para aquisição dos vagões pela CPTM, a PF transcreve e-mails que "tratam de assunto referente à visita do ex-governador José Serra a Amsterdã/Holanda". Uma correspondência, de março de 2008, revela a preocupação das multinacionais com a viagem do tucano à Europa. "O gov. J S embarca no sábado para Amsterdã chegando no domingo, faz a apresentação do projeto expresso-aeroporto na segunda 17/03 às 16hs onde nos pede presença marcante", escreveu um executivo.

Na viagem, segundo Marchetti, o tucano lhe disse que, caso a Siemens conseguisse na Justiça desclassificar a CAF, o governo iria cancelar a concorrência porque o preço da alemã era 15% maior. "O então governador e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF", disse.

Para o Ministério Público Estadual, porém, o relato do ex-diretor da Siemens, "longe de levantar suspeita contra o ex-governador, revela, ao contrário, a justa preocupação do chefe do Executivo em relação aos prejuízos que poderiam advir ao Estado caso a proposta vencedora do certame, apresentada pela empresa CAF, fosse desqualificada em virtude de medidas judiciais intentadas pela Siemens".

terça-feira, 26 de agosto de 2014



Aécio diz que Marina é 'onda' que passa em 20 dias; tucanos atacam ex-ministra

 





Sucessão presidencial. Enquanto senador minimizava desempenho da candidata do PSB, vice-presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha em São Paulo publicava artigo no qual chamava um eventual governo da adversária de uma 'aventura'
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, comparou o bom desempenho da adversária Marina Silva, do PSB, em pesquisas eleitorais a uma "onda" e disse acreditar que voltará ao segundo lugar isolado "dentro de 15 ou 20 dias." Marina assumiu a candidatura no lugar de Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo no dia 13 de agosto.
Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, Marina está empatada tecnicamente com Aécio na segunda colocação. A presidente Dilma Rousseff lidera a corrida ao Planalto. Hoje, o Ibope divulga um novo levantamento.
Enquanto Aécio minimizava o desempenho da adversária, políticos de expressão do PSDB atacavam diretamente a figura de Marina. Vice na chapa de Aécio, o tucano Aloysio Nunes Ferreira disse que a candidata do PSB é "uma incógnita", um "estado de espírito". Já os tucanos, disse Aloysio, não são "de improviso". "Sou contra qualquer tipo de messianismo, o partidário de Dilma Rousseff e o pessoal de Marina Silva", afirmou o candidato a vice.
Já o ex-governador, um dos vice-presidentes do PSDB e coordenador da campanha de Aécio em São Paulo, Alberto Goldman, publicou um artigo em que questiona a governabilidade de um eventual mandato de Marina. O texto, intitulado "Marina candidata. Uma aventura", foi publicado pelo Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política dos tucanos.
Com o crescimento da candidata pelo PSB nas pesquisas de intenção de voto, tucanos e petistas começaram a adotar uma estratégia de que a ex-ministra não tem experiência administrativa para comandar o País pelos próximos quatro anos. Questionam também a suposta dificuldade dela em dialogar com os demais poderes da República.
Caminhada. Aécio fez ontem uma caminhada na Saara, área de comércio popular do centro do Rio, e deu entrevista à rádio local. Ele tem evitado atacar Marina, mas insiste em destacar a experiência acumulada como governador de Minas Gerais e parlamentar. "A política e as pesquisas são como o mar, as ondas vêm. Ninguém no governo achava, no início do ano, que haveria 2.º turno. Depois veio a candidatura de Eduardo Campos, que seria avassaladora, o que acabou não acontecendo. Depois veio nosso avanço, consolidando o 2.º turno. Agora vem o episódio Marina. O essencial é que nossa candidatura continua a representar o mesmo que representava antes do acidente. Temos as melhores condições de fazer o Brasil crescer. Ninguém tem os quadros que temos no nosso entorno", afirmou Aécio. O tucano disse também que houve "uma reviravolta no quadro eleitoral circunstancialmente, uma modificação momentânea".
Aécio brincou ao comentar declaração do economista Eduardo Giannetti, colaborador de Marina, segundo a qual um eventual governo do PSB poderá contar com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
"Não sei se é um bom começo para quem deve apresentar propostas e mostrar com quem vai viabilizar essas propostas. Fico honrado de ver referências positivas aos nossos quadros, mas o que vai prevalecer é o software original e quem vai governar é o PSDB com seus aliados. O núcleo que tem propostas a apresentar ao Brasil está do nosso lado", afirmou o tucano, que prometeu, sem detalhar, medidas para estimular as micro e pequenas empresas, tanto na área tributária quanto na redução do burocracia (mais informações sobre as promessas de Aécio na pág. A6).
Agenda fluminense. A visita à Saara foi a terceira atividade de campanha de Aécio no Rio em quatro dias. Os eleitores fluminenses deram a Marina Silva 31% dos votos no primeiro turno de 2010, quando a então candidata do PV a presidente ficou à frente do tucano José Serra.
Esperançosos de que as intenções de voto em Marina nas primeiras pesquisas sejam resultado da comoção causada pela morte de Eduardo Campos, aliados de Aécio no Rio disseram ontem que terão "duas ou três semanas de sofrimento, mas depois tudo se ajeita".
A caminhada de pouco mais de uma hora causou grande tumulto no coração do comércio popular do centro. A presença de pelo menos dez candidatos a deputado, com cabos eleitorais e equipes de propaganda de TV, fez com que Aécio mal conseguisse se movimentar no início da atividade. Aos poucos, o tucano se aproximou dos eleitores. Foi bem recebido por alguns, mas a comitiva também foi hostilizada por outros, que se recusaram a receber os panfletos.
Correria. Aécio começou o corpo a corpo em um ponto diferente do que havia sido anunciado, o que provocou uma correria de candidatos que ainda aguardavam o tucano enquanto ele já estava na rua, acompanhado do presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, e seus dois filhos, Rafael, deputado estadual, e Leonardo, federal, ambos candidatos à reeleição.