quinta-feira, 9 de maio de 2019

POLITICO SOMOS TODOS










POLÍTICO SOMOS TODOS

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. (Bertolt  Brecht)
Mas o que é política?
Política é a ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é público e tikós, que se refere ao bem comum de todas as pessoas. O significado de política é muito abrangente e está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público e ao bem dos cidadãos.
Alguns políticos se apresentam como novos e diferentes, alardeiam em seus discursos serem gestores, e avessos à prática da política. Ora, é incompatível gerir a coisa pública sem fazer política, condição intrínseca  a ação de administrar bens público. Para se conquistar um cargo de gestor público - não técnico - há que se submeter direta ou indiretamente ao poder do povo, que autoriza por meio de sufrágio popular, e isso é politica.
É incompatível gerir a coisa pública sem gostar de política, esta condição é intrínseca à prática da boa gestão. Portanto, quem afirma ser apolítico não tem preparo para administrar os bens do povo dispostos no estado, e deve sim ser ignorado pela sociedade.
Para lidar com o patrimônio público é necessário ter disponibilidade para a pratica política, sob pena de sucumbir – se no desprezo dispensado pela sociedade que o elegeu. 
Apresentar – se como diferentes nada mais é do que subestimar a inteligência de quem se atiram no vazio existencial da oratória sem conteúdo dos populistas de plantão.
Ao se apresentarem gestores alguns desinformadas imaginam – se diferentes e por meio do discurso sem conteúdo tentam iludir os que não entendem o que seja a prática da boa gestão pública.
Geraldo Gama


quarta-feira, 8 de maio de 2019









O PODER E OS ALTER EGOS

O poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e existe somente enquanto o grupo se conserva unido.” (Hannah Arendt)

A crise que ora ameaça se instalar no governo, sem dúvidas é a maior desde 1964. Lá as divergências se deram entre dois grupos com ideias inteiramente antagônicas, e com apoio dos Estados Unidos, dos grandes grupos econômicos internacionais, nacionais, a maioria da imprensa conservadora e de uma parte das elites findaram por derrubarem um governo legitimado pelo voto popular, e assim levaram o país a vinte e dois anos de atraso socioeconômico e cultural, os chamados anos de chumbo.

No governo atual há uma crise de egos, todos querem os louros da vitória, isto os faz se digladiarem numa arena verbal e numa linguagem vergonhosa de baixo calão, o que evidencia a falta de preparo ético - profissional de quem está numa administração federal, e o país como uma nação periférica no contexto globalizado.

Os membros do governo federal ainda não se deram conta de que não estão num picadeiro, mas afrente da gestão de um país que até pouco tempo era a oitava economia do mundo, bem como era ouvido nas grandes convenções internacionais onde se discutiam problemas globalizados, agora parte da história recente do Brasil.

Os conflitos no cerne do governo geraldogamafeitexpõe a incapacidade gestora do Presidente da República, e o torna principal expectador de uma luta insana dos seus gladiadores, cujas mentes entorpecidas apequenam a sociedade brasileira perante as demais do mundo civilizado.
O país parece um barco sem leme, no meio de uma  tempestade de desequilíbrios emocionais de um governo acéfalo, ambiente  onde os caprichos pessoais se sobrepõem aos problemas coletivos, colocando em risco não só as conquistas sociais como a paz com os vizinhos.

Geraldo Gama