quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
AS DUAS FACES DA INDONÉSIA
AS DUAS FACES DA INDONÉSIA
Um episódio recente
foi tema de grande alarde nas redes sociais, na TV, e nos jornais do Brasil, a
condenação à pena de morte de um brasileiro por tráfico de drogas, no
território da Indonésia. Algumas pessoas assíduas telespectadoras dos realities
Shows, e cativa das sintetizadas noticias do horário “nobre”, logo se
utilizaram da internet para imitirem suas opiniões, formada sobre tudo. Até
alguns “jornalistas” postaram seus pontos de vistas, demonstrando seus
“conhecimentos”, alardeando aquele país como um país sério.
Âncoras dos
noticiários da TV brasileira deram ênfase ao episódio como se ali estava
acontecendo algo extragaláctico, e que deveria servir de exemplo para a justiça
do Brasil. Trataram a Indonésia como berço eterno da justiça, colocaram aquele
país acima do bem e do mal, afirmavam que ali era o lugar ideal para se morar,
longe da criminalidade. O que com a mínima capacidade intelectual que dispõem
não entendem que o tráfico só flui onde existem consumidores.
Pois saibam os
senhores e senhoras ignorantes do contexto mundial, que o brasileiro executado
lá no “paraíso” indonésio por tentar entrar no país portando drogas, foi preso
antes de distribuir - la, e de acordo com as leis de lá foi condenado à morte
por violar as normas daquela nação. Se a lei
por tráfego de drogas é pena capital, e as autoridades entendem que não
podem ser revogada, tudo bem, o problema é o como eles tratam o assassinato,
será que matar por lá não é crime?
Senhoras e senhores “moralistas”
saibam que a mesma Indonésia que vocês dizem ser um mar de rosas, pede
clemência ao Governo da Arábia Saudita para poupar a vida da latrocida Satinah
Binti Jumadi Ahmad, cidadã indonésia condenada à morte por assassinar e roubar
sua patroa. Será que os ditames legais do radicalismo indonésio ver a vida dos
seus cidadãos como uma dádiva superior, e que a vida dos seus tem mais valor
que a de outros seres do planeta? Ou assassinato por aquelas bandas não é
crime? Cabe aos críticos da justiça e das
leis brasileiras analisarem se forem capazes, e pegarem as suas malas e
partirem para o “paraíso indonésio”, uma vez que por lá a vida é quase nada.
Por violar a lei da
Indonésia o brasileiro foi condenado e foi executado, se a lei e esta lamenta –
se, mas não se questiona seu cumprimento. O que não se pode calar é porque este
mesmo país recorre ao governo de outra nação que também tem suas leis, pedindo
clemência pela a vida uma assassina. Diga-me com quem andas e direi quem tu és.
Geraldo
Gama
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