sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CAVALO DE TRÓIA PETISTA



Cavalo de Tróia



Nunca fui filiado ao PT,‭ ‬mas sempre votei nos seus candidatos em todas as eleições de Lula e‭ ‬as duas que elegeram a Presidenta ‭ ‬Dilma,‭ ‬unindo voto ideológico e‭ ‬a‭ ‬crença no seu Projeto Político do Partido dos Trabalhadores.‭ ‬Não tinha nem tenho e não terei esta obrigação pois nunca militei nesta agremiação partidária,‭ ‬aliás,‭ ‬sou mais fiel do que muitos “‬petistas”‬ Brasil a fora.‭ ‬O resultado das eleições de‭ ‬20014‭ ‬não deve ser comparado ao pleito de‭ ‬1989,‭ ‬naquele havia um projeto embrionário que trazia esperanças ao povo brasileiro e fazia a direita estremecer,‭ ‬portanto,‭ ‬o embate era pelas mudanças ou a permanência dos grilhões de cinco séculos de domínio retrógrado
Minado por denúncias de escândalos de corrupção,‭ ‬sofrendo a segunda maior aberração jurídica da história do Brasil ‬– a primeira foi o caso Naves‭ ‬– o PT partiu para a disputa para ‬o quarto ‬mandato ao Palácio do Planalto.‭ ‬Durante a campanha o Partido dos Trabalhadores teve suas vísceras expostas como um animal abatido e esquartejado,‭ ‬mesmo assim saiu‭ ‬– se vitorioso das urnas,‭ ‬todavia com marcas indeléveis,‭ ‬perdeu assento nas duas Casas do Congresso Nacional,‭ ‬mas sai fortalecido,‭ ‬apoiado pelo o voto da maioria dos brasileiros que ainda acreditam e tem esperanças de uma nação melhor,‭ ‬e ver no PT esta esperança.
Saradas as feridas,‭ ‬urge‭ ‬a necessidade do PT fazer uma autorreflexão,‭ ‬é preciso que o Partido volte as suas origens,‭ ‬foi assim que conquistou o seu primeiro mandato para a Presidência da República,‭ ‬com seu diferencial fez história,‭ ‬com seu DNA tornou‭ ‬– se o Partido da esperança,‭ ‬seu projeto político venceu o medo plantado pela maioria dos seguimentos retrógrados de uma parte da elite oportunista deste país regado por uma mídia sectária sem compromissos com a ética.
Não há tempo a perder,‭ ‬é preciso que os dirigentes se desapeguem do‭ ‬comodismo arregacem as mangas e chamem os diretórios regionais que por sua vez convocarão os municipais para uma conversa tete a tete,‭ ‬caso isto não aconteça,‭ ‬o perigo de uma deterioração interna é iminente e fatídica para a instituição Partido dos Trabalhadores.
Antes ‬o PT era criterioso na escolha dos seus filiados,‭ ‬tinha a filosofia de só admitir os que liam o estatuto do partido e concordassem com suas diretrizes.‭ ‬Os seminários eram constantes para a formação política da militância.‭ ‬Hoje o partido busca ‬quantidade,‭ ‬admitindo qualquer um que busque uma sigla para abrigar uma candidatura ou ‬tentem ‬tirar proveitos do poder que o partido detém nestes ‬últimos ‬anos,‭ ‬e isto ‬vem corroendo os alicerces partidários,‭ ‬contribuindo para a banalização do que antes se propunha ser diferente.
As consequências da‭ ‬última disputa para cargos regionais e principalmente para a reeleição da Presidenta ‬Dilma ‬não podem ser consideradas como irrelevantes caso o‭ ‬Partido do Trabalhadores pense em‭ ‬continuar como um das maiores forças políticas do Brasil, caso contrário este projeto político pode ruir fragorosamente. Para evitar isto é necessário uma autocrítica, sem continuar no pedestal dado a efemeridade do poder.
Ao admitir nos seus quadros pessoas que não se identificam com a ideologia do partido, o PT criou seu cavalo de troia, e quase sai derrotado por um projeto vazio que tinha como bandeira a cólera, absorvida de uma elite de extrema direita, que prega o caos total do país como se isto fosse a solução para os problemas que os antepassados destes mesmos deixaram como herança maldita por longos quinhentos anos.
 Portanto, não há tempo a perder, é preciso da uma freada de arrumação para que as coisas se encaixem e voltem a o seu lugar, sem isto o projeto político do Partido está ameaçado e com a colaboração do fogo amigo pode se tornar cinzas.



Geraldo Gama
Pedagogo, Especialista em Gestão Pública

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Câncer de mama: médicos defendem teste de perfil genético no SUS

Agência Brasil

No Dia Nacional de Luta contra o Câncer, comemorado nesta quinta-feira (27), médicos defendem a incorporação do teste de PERFIL genético para o câncer de mama no rol dos procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS) e no Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em algumas unidades particulares do país, a tecnologia importada mapeia os 70 genes do nódulo e indica se o tumor é de baixo risco ou de alto risco.
A presidenta da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Maira Caleffi, lamentou que hoje muitas mulheres acabem tendo que passar por sessões de quimioterapia sem precisar.
“Na dúvida, os médicos recomendam a quimioterapia. Metade dessas pacientes, em estágio 1, com axila negativa e tumores pequenos, acaba tendo que fazer a quimioterapia sem nenhum benefício significativo”, disse Maira. “A indicação é muito restrita, e o TESTEpode ser incorporado ao SUS sem grandes repercussões nos recursos públicos. Mas os critérios devem estar muito bem definidos para a utilização desses testes”, alertou.
A presidenta da Femama acredita que no futuro, com maior conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, mais mulheres poderão se beneficiar com o TESTE. “Essas pacientes são cada vez mais comuns. O triste é não ter esses casos, pois muitas pacientes ainda aparecem com tumores grandes e axila comprometida, que nem dá margem para dúvida: recomendamos a quimioterapia”.
De acordo com a entidade internacional Early BREAST CANCER Trialists Collaborative Group, entre 30% e 40% das mulheres com câncer de mama no mundo não precisariam de quimioterapia.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas JUNIOR, além de poupar a mulher com tumor mais brando do uso da quimioterapia, o TESTE no sistema público de saúde pouparia gastos.
“Essa plataforma gênica separa de maneira exemplar e muito segura as pacientes que vão precisar de quimio e as que não vão”, comentou. “O tratamento de quimioterapia tem entre quatro e oito ciclos. Cada ciclo custa de R$ 6 mil a R$ 8 mil. Atualmente, o estudo custa aproximadamente entre R$ 10 mil e R$ 12 mil. Dois ciclos de quimioterapia já pagariam o teste”, argumentou o médico.
A publicitária paulista Flávia Mantovanini, 43 anos, descobriu no exame de rotina que tinha um tumor maligno de nível 2. Após a cirurgia, o médico indicou a quimioterapia COMOforma de prevenção, mas Flávia optou por fazer o mapeamento genético com recursos próprios para tentar evitar a químio.
“Com essa identificação, vi que era um problema hormonal e que havia poucas CHANCESde voltar. É um exame caro, mas aceitei fazer, porque a quimioterapia é realmente muito agressiva,” contou ela, que atualmente faz uso de remédio preventivo, que terá que tomar por dez anos. “A operação foi há seis meses e estou ótima”, disse.n
Um estudo sobre o perfil de câncer de mama das mulheres de acordo com as regiões do país, desenvolvido pela Universidade de São Paulo, aponta que os casos da doença são MAIS comuns no Sul e Sudeste, porém mais agressivos no Norte e Nordeste. Divulgado em outubro, o estudo mostrou que no Sul e Sudeste a incidência do tumor triplo negativo (mais agressivo) é aproximadamente 14%, enquanto no Norte o índice sobe para 20,3% e no Nordeste e Centro-Oeste vai para 17,4%. Já os tumores do tipo luminal A (baixo risco) representam 30,8% dos casos relatados na Região Sul e 28,8% no Sudeste. A frequência desse tipo de câncer cai para 24,1% no Nordeste, 25,3% no Norte e 25,9% no Centro-Oeste.