LIBERTAS QUAE SERA TAMEM
O momento político que vive
o Brasil é muito preocupante, um dos
piores da sua jovem história, as crises política e econômica se entrelaçam e o
resultado é o pior possível, as instituições perdem a credibilidade, seus
membros a cada dia são flagrados em atos indignos dos cargos que ocupam, e com
isso perdem a moral para denunciarem, investigarem e até mesmo condenarem quem
quer que seja.
O Congresso Nacional
composto por duas Casas disputam quem tem maior número de parlamentares
envolvidos em escândalos, as apostas se dão em todo país sobre quem vai preso
primeiro, ou quem perde o mandato. Culpar um ou outro como indecoroso pesa na
consciência da maioria, uma vez que uma grande parte do plantel congressista
está bichado, e não pode cobrar o pênalti, da prorrogação.
Não e possível que uma
comissão de ética adie seis vezes um relatório que de certa forma ainda é uma
fase de instrução de um processo, imaginem então a votação do relatório final
como seria. Se nesta fase já houve relator desistindo alegando ameaças de cunho
criminal, na fase final do processo haveria atentados do EI, com mais vítimas
que os atentados de Paris, do mês passado.
Como seria plausível aos
acusados e até já condenados que tivessem a consciência de
"Madeleine", o personagem do romance os miseráveis de Vitor Hugo, que
não se conteve em ver alguém condenado em seu lugar, e confessou ser o autor
dos crimes que estava sendo imputados a um inocente.
Mas como na política isto
aconteceria somente na ficção, a sociedade tem que conviver com uma ópera bufa,
tendo como palco de apresentação o saudoso Congresso Nacional, há muito tempo
orgulho de qualquer cidadão quando se referia aos Deputados e Senadores da República
do Brasil.
"LIBERTAS QUAE SERA
TAMEM"
Geraldo Gama