AI QUE SAUDADES ME DÁ
Foi-se um tempo em que a seleção
brasileira despertava interesse na sociedade, eram tempos do futebol bretão,
quando a véspera de uma copa do mundo o país se voltava inteiramente para saber
como estava a preparação do time para a maior competição do planeta.
A elitização
do futebol associou o esporte a grandes escândalos, as entidades diretoras envolvidas
em corrupção, todas elas nacional e internacionais desembocando na FIFA, em
todo o mundo clubes vendendo resultados, árbitros compradas para fabricarem
resultados, tudo isso contribui para a perda do interesse da sociedade pela a
maior “paixão popular”, o futebol especialmente no Brasil, onde esse esporte
era o preferido de nove entre dez amantes de qualquer modalidade esportiva.
A
falta de conexão com a torcida fez da atual seleção brasileira a menos
assediada pela torcida brasileira, sobretudo, pela indiferença dos atletas em
relação ao torcedor. Não há apoio integral ao time que vai a copa da Rússia,
ser campeão ou não pouco interessa a maior parte do povo brasileiro,
logicamente esse desinteresse passa sim pelo momento atual, onde as incertezas
no amanhã tornam a sociedade tensa, bem como pela a falta de carisma dos
atletas convocados, na sua maioria milionária, sem qualquer compromisso em
presentar o país com o hexa.
O menosprezo
ao torcedor pode custar à queda da preferência do futebol pela torcida. A falta
de líderes encurta a trajetória para este fim. Com exceção do técnico Tite,
ninguém mais, ligado à delegação tem condições para agregar apoio e aplausos do
torcedor brasileiro à disputa da copa do mundo de 2018.
O fato é, não se tem mais seleções
como antigamente, toda a utopia chega ao fim, e esta é uma, pois a torcida
cansa de ser menosprezada, sendo a principal força motora que alimenta o
futebol. [Não há futebol sem torcida.]
Geraldo Gama