sexta-feira, 23 de março de 2018








ÁGUA QUEM ME DERAS TU

O Jornal El País, na edição de hoje publicou uma reportagem que expõe a verdade sobre a fraqueza das autoridades brasileiras, pois esclarece que os brasileiros não sabem se tem agrotóxicos na água que consomem .https://elpais.com/.

Na semana da água, quando as preocupações se voltam ou deveria se voltarem para a escassez deste bem natural no planeta, imprescindível à vida, o Brasil escancara mais uma mazela das muitas que impõe a sociedade, principalmente aos menos favorecidos. Inclusive mais uma vez utilizando o lixo tóxico rejeitado pela Europa, mas aqui utilizado em grande escala. Aliás, como fizera com o DDT proibido em todo o mundo, mas utilizado pelos governos militares no combate ao mosquito da malária. Veneno este responsável pela intoxicação e morte de centenas de servidores públicos da antiga SUCAM.
Segundo a reportagem, no país são usadas 400 mil toneladas de 10 agrotóxicos por ano, dentre estes 4 foram banidos do primeiro mundo, por não atenderem padrões exigidos pelas normas técnicas daqueles países, mas, que são usados por aqui com naturalidade pelos produtores do agronegócio, com a anuência das autoridades sanitárias do Brasil.
Comunidades estão sendo expostas ao uso destes venenos sem que possam reclamar, pois há casos até de ameaça de morte por parte de alguns produtores caso haja manifestações contrárias a esse crime não só ecológico como humano. Segundo o El País, pessoas deram entrevistas mas imploraram que seus nomes não fossem divulgados com medo de retaliações violentas que até atentem contra suas vidas.
Não é a primeira vez que fatos desse tipo é tema de reportagem pela imprensa internacional, todavia, tudo continua cada dia pior, sem que nenhuma providência seja tomada por parte do governo brasileiro. Isso se dá pela falta de brios das autoridades brasileiras que submetem o país a humilhação das grandes potências, apequenando a pátria a interesses vis, das nações que só pensam em continuarem ricas, sem preocupação com os povos subdesenvolvidos.

Geraldo Gama
Especialista em Gestão Pública