QUEM SOMOS E O QUE QUEREMOS
Sem
generalizar mas, na história do parlamento brasileiro não se tem notícias de
nenhum pior do que o atual. Um Congresso amoral, covarde, sem ética, sem
autoridade, com membros corrompidos até a medula, que não legisla, apenas faz
de conta. Este é o retrato do Legislativo Brasileiro, será que o povo vai
renová-lo?
Este é um ano
eleitoral, todavia, a esperança de apear do poder pelo menos a maioria dos
párias com assento nas duas casas é muito improvável, e haverá - se de vê-los
na sua maioria eleitos para cumprirem mais um mandato e continuarem usando o
poder que o povo lhes deu em proveito para o bem próprio, sobretudo,
continuarem com foro privilegiado em nome do cargo.
É lamentável
que o Brasil esteja passando por uma crise geral, como esta, o país perde
credibilidade internacional, internamente a sociedade não acredita mais nas
instituições, pública e privadas, quase todas respingadas com o fétido odor da
corrupção, e isto se estende à sociedade, e cria um quadro de anarquismo,
futuramente registrado e futuramente cobrado pela história.
Os problemas
dos desmandos incentivam a guerra de todos contra todos, sem qualquer temor as
normas legais existentes por não haver quem as façam cumprir, e assim a
sociedade parte para a gladiação, quem for mais forte viverá, num ambiente onde
o cidadão se auto – intitula contrário a corrupção, no entanto, não perde a
oportunidade de passar a perna no seu próximo, e depois se gaba da sua
inteligência.
Mudanças só
acontecem quando há uma auto -análise em busca do que somos e o que queremos.
Tirar proveito próprio das situações torna o cidadão viciado e não menos
corruptos do que os políticos, isto vai desde os menores gestos de
desonestidade até a troca de votos por dinheiro ou cargos.
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a
desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os
poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da
honra e a ter vergonha de ser honesto. ”
Rui Barbosa
Geraldo
Gama