A SUPOSTA REFORMA
O povo brasileiro mais uma vez se sente traído, não é
novidade, todavia uma traição sempre causa rupturas, é como a perda de um ente
querido, a cada perda a dor é renovada. A sensação que a sociedade tem é a de
que essas feridas nunca hão de sarar, pois os políticos continuam os mesmos,
mudam de partidos mas não mudam o discurso hipócrita. Aliás os partidos
deveriam ser fortalecidos, pois só há democracia plena quando existe partidos
fortes. Eles, os políticos não têm interesse no fortalecimento dos partidos,
mas deles próprios, pois com siglas pode-se se negociar interesses
particulares, e o povo que continue de mal a pior.
É lamentável que o parlamento brasileiro tenha pensamento
mesquinho, a ponto de não ter uma visão abrangente sobre este modelo político
falido e injusto, que ao logo do tempo vem deteriorando os valores
democráticos. A tão propagada reforma política não passa de uma pífia reforma
eleitoral, o que aliás sempre foi a marca do legislativo brasileiro.
A quem interessa uma Reforma
Política
Uma reforma política interessa a sociedade, a pouca
esperança que o povo brasileiro ainda tinha de ver este modelo retrógado ser
mudado foi sepultada no plenário da Câmara dos Deputados. A reforminha terá seu
registro negativo na história deste parlamento paroleiro, cheio de arruaceiros
que não têm dignidade de representar os cidadãos de bem deste país.
Rousseau em o Contrato Social afirma " ...o
fundamento do poder legítimo encontra-se no corpo dos cidadãos, que dever ser
considerados como o princípio e o fim do exercício de todo e qualquer
político..." Portanto, este pensamento não se aplica ao nosso parlamento
que com uma pá de cal atrofiou o sonhos de um povo, que nada mais espera dos
que deveriam representa-lo nas esferas do poder.
Geraldo Gama