sábado, 4 de julho de 2015
quarta-feira, 1 de julho de 2015
O LEGISLATIVO MUNICIPAL E
SEUS PARADOXOS
Uma
das funções do Poder Legislativo é a prática legislativa.
Legislar significa, discutir, aprovar, ou reprovar leis, cabendo
ainda ao Presidente daquele Poder a promulgação do todo ou de
partes das leis que tiverem vetos apostos pelo Chefe do Poder
Executivo, estas prerrogativas estão albergadas no texto
constitucional. O Art. 30 da Constituição Federal leciona que aos
Municípios é dado o poder de legislar sobre assuntos de interesse
local, portanto, assiste às Câmaras Municipais a condição de
aprovar leis municipais de interesse comum e geral dos munícipes.
Notadamente
ainda não é pacifico entre os constitucionalistas o entendimento
doutrinário sobre o que seria "interesse local,"
todavia, enquanto não acontece a convergência da doutrina, a questão
deve ser tratada de maneira relevante e apropriada, à luz do
Direito Administrativo Municipal.
Deixando
de lado as divergências teóricas, e analisando as ações concretas
praticadas pelas Câmaras Municipais, acredita - se que a falta de
capacidade técnico - profissional de grande parte do corpo de
servidores, somada às limitações de recursos e a ingerência da
maioria dos Presidentes destas Instituições, os Poderes
Legislativos Municipais não consiguem cumprir suas tarefas
institucionais e estão perdendo sua importância como Poder
constitde Poder constitído.
Outro
fator que não pode ser desconsiderado neste processo está
relacionado também com a atuação dos Vereadores que compõem o
Poder Legislativo nos Municípios brasileiros, principalmente nas
pequenas unidades municipais, é lá onde direitos e deveres se
confundem numa vala comum, ali acontecem a cooptação destes
parlamentares pelo Prefeito Municipal para aprovarem o que lhe
prouvir, sem os questionamento adequados.
A
omissão, a Ao auferir aos municípios brasileiros o poder de
legislar sobre interesse local, o legislador constituinte teve a
intenção de descentralizar algumas ações importante do Poderes
Centrais, sem contudo se ater aos resultados que poderiam resultar
estas ações.
As
Distorções das Funções do Legislativos Municipais
A
Constituição de 1988, batizada de Constituição cidadã, abriga
norma geral de que esta cidadania se estenda a todas às três
esferas de governo. Ocorre que os legislativos municipais nos rincões
do País padecem de falta de recursos, falta de estrutura nas Câmaras
Municipais, tudo isto somado ao vício do clientelismo torna frágil
a atuação de grande partes destes legisladores, e os deixa a mercê
das benéficas ofertadas pelo Chefe do Executivo para que os mesmos
se transforme em base aliada.
Na
maioria dos pequenos Municípios o Poder Legislativo Municipal não
passa de uma apêndice do Executivo, a ponto dos Prefeitos contarem
com a unamidade dos membros destes parlamentos que aprovam tudo que
lhes são submetidos. Essa subserviência tem colocado em cheque a
capacidade Institucional das Câmaras Municipais, tidas
constitucionalmente como independentes.
A
credibilidade dos Legislativos Municipais estão diminuindo a cada
dia que passa, o que não é positivo numa democracia, onde os
Poderes necessitam serem harmônicos, todavia independentes. Sem
essas prerrogativas tende – se ao vácuo institucioanal.
Geraldo
Gama
segunda-feira, 29 de junho de 2015
MAIOR IDADE PENAL
As discussões da PEC sobre a redução da idade penal que tramita na
Câmara dos Deputados foi aprovada pela Comissão de Constituição e
Justiça daquela Casa Legislativa. Não significa que sua aprovação
se dê no colegiado, além do que o Projeto ainda vai ao para a
apreciação como casa revisora, uma vez a proposta ter partido da
Câmara.
A criminalização do menor infrator não pode ser considerada como a
solução do crime infantojuvenil, isto porque o menor de dezesseis
anos pode praticar os mesmos delitos, e aí como se dará o
enquadramento desse infrator ? Por outro lado, a tão propalada
redução da idade penal não surtirá efeitos práticos, e soa
apenas como populismo dos legisladores que infestam o parlamento
brasileiro, ávidos pelos holofotes da imprensa marrom onde encontram
espaço para os discursos demagógicos eles se refestelam com
teorias, e sabem que na prática não terá efeito algum.
Endurecer a pena para o menor infrator poderia ter resultados
positivos sim, mas isto se o Estado tivesse capacidade judicial e
prisional para atender as demandas ligadas diretamente à justiça
criminal, as varas criminais de todos os estados da federação
acumulam pilhas de processos sem seguimento, a ponto de haver presos
que nunca foram julgados.
Muitas prisões temporárias já extrapolaram seus prazos mantendo os
acusados ilegalmente detidos. Outra questão é a superlotação dos
presídios brasileiros, hoje essa deficiência gira em torno de
trezentas mil vagas em todo o país. Com a criminalização do menor
de dezesseis anos, há a necessidade de julgamento, e se houver a
condenação é necessário que o Estado recolha o indivíduo à
prisão, mas onde colocar estes condenados? Esta é a pergunta sem
resposta.
A INCAPACIDADE DO ESTADO
Caso o Estado brasileiro dispusesse de seriedade para punir todo
criminoso que andam à solta por aí a redução da maior idade penal
seria apenas um detalhe, e não o foco das discussões, isto porque
haveria a certeza de que todos responderiam por seus atos criminosos
praticados contra a sociedade.
Portanto, essa balela de redução não passa de discursos populistas
de uma classe desacreditada, que se entrincheira na tribuna dos
parlamentos e ensaiam poses de cidadãos corretos, mesmo ocultos no
corporativismo e nas asas da imunidade parlamentar.
Assim sendo a redução da idade penal passa a ter valor
insignificante diante do comportamento de quem deveria dar exemplo
prático de moralidade, neste caso não basta somente reduzir a idade
penal é preciso que outros mecanismos de punição sejam criados e
aplicados, aí sim essa proposta não passaria de ensaio moralista.
Geraldo Gama.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
MAIOR IDADE PENAL
As discussões da PEC sobre a redução da idade penal que tramita na
Câmara dos Deputados foi aprovada pela Comissão de Constituição e
Justiça daquela Casa Legislativa. Não significa que sua aprovação
se dê no colegiado, além do que o Projeto ainda vai ao para a
apreciação como casa revisora, uma vez a proposta ter partido da
Câmara.
A criminalização do menor infrator não pode ser considerada como a
solução do crime infantojuvenil, isto porque o menor de dezesseis
anos pode praticar os mesmos delitos, e aí como se dará o
enquadramento desse infrator ? Por outro lado, a tão propalada
redução da idade penal não surtirá efeitos práticos, e soa
apenas como populismo dos legisladores que infestam o parlamento
brasileiro ávidos pelos holofotes da imprensa marrom onde encontram
espaço para os discursos demagógicos.
Endurecer a pena para o menor infrator poderia ter resultados
positivos sim, mas isto se o Estado tivesse capacidade judicial e
prisional para atender as demandas ligadas diretamente à justiça
criminal, as varas criminais de todos os estados da federação
acumulam pilhas de processos sem seguimento, a ponto de haver presos
que nunca foram julgados,
Muitas prisões temporárias já extrapolaram seus prazos mantendo os
acusados ilegalmente detidos. Outra questão é a superlotação dos
presídios brasileiros, hoje essa deficiência gira em torno de
trezentas mil vagas em todo o país. Com a criminalização do menor
de dezesseis anos, há a necessidade de julgamento, e se houver a
condenação é necessário que o Estado recolha o indivíduo à
prisão, mas onde colocar estes condenados? Esta é a pergunta sem
resposta.
Caso o Estado brasileiro dispusesse de seriedade para punir todo
criminoso que andam à solta por aí a redução da maior idade penal
seria apenas um detalhe, e não o foco das discussões, isto porque
haveria a certeza de que todos responderiam por seus atos criminosos
praticados contra a sociedade.
Portanto, essa balela de redução não passa de discursos populistas
de uma classe desacreditada, que se entrincheira na tribuna dos
parlamentos e ensaiam poses de cidadãos corretos, mesmo ocultos no
corporativismo e nas asas da imunidade parlamentar.
Assim sendo a redução da idade penal passa a ter valor
insignificante diante do comportamento de quem deveria dar exemplo
prático de moralidade, neste caso não basta somente reduzir a idade
penal é preciso que outros mecanismos de punição sejam criados e
aplicados, aí sim essa proposta não passaria de ensaio moralista.
Respeito há aos que entendem que a redução da maior idade penal reduziria a criminalidade no país ou pelo menos a diminuiria, todavia não basta só isto, é preciso um conjunto de ações para este sonho se realizar.
Geraldo Gama.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
quinta-feira, 18 de junho de 2015
A
REFORMA QUE NÃO VAI ACONTECER
A Câmara dos Deputados vem votando pontualmente
uma suposta reforma política, embora a sociedade brasileira de antemão já
soubesse que uma reforma séria não seria aprovada, pois para isso acontecer precisaria
de um parlamento realmente comprometido com o novo, e que isto cortaria
privilégios da classe política, principalmente dos seus membros ora no poder, e
ninguém por aqueles lados querem "mexer" nas conquistas que lhes custaram
muito dinheiro e promessas para alcança – las.
Até
agora quase nada de importante foi votado pela Câmara dos Deputados em relação
as mudanças do sistema eleitoral vigente, e o pouco que foi produzido é
irrelevante diante do que a sociedade aguardava, e agora sente aos poucos as esperanças de uma
reforma abrangente serem sepultadas pela à mesmice dos discursos vazios e os
arroubos populista da maioria dos seus membros. Esse é o parlamento prolixo
onde se assentam os representantes do povo, esse é perfil do colegiado de
parlamentares com poderes auferidos pelo voto popular.
REFORMA
PRA QUÊ?
Reformas
requer coragem, altivez, espirito inovador e acima de tudo honestidade. Uma
reforma política necessita de idoneidade moral para ser discutida, é preciso
envolver todos os seguimentos da sociedade organizada, vítima em potencial do
descaso praticado pelo poder político gestado pelo um sistema eleitoral falido
e desacreditado como o atual, pai da corrupção endêmica que reside em todos os
poderes constituídos.
Quem
tem poderes para reformar não tem interesse em faze - lo, não como deveria,
pois mudanças podem impedir ou amenizar esse ganho, e aí o interesse individual
e corporativo se sobrepõe ao da coletividade, portanto, reforma pra quê? Os Deputados
Federais se negam ouvem o clamor popular, e propõe a fazerem uma reforma
política pífia, e tentam passar a imagem de que estão deveras interessados em
mudar o que há muito vem dando errado e que somente eles podem mudar.
O
EGOISMO DO PARLAMENTO
A
Câmara dos Deputados em rota de colisão com o Senado Federal, votou propostas
tão insignificantes dentro da proposta de reforma política que foi alvo de
chacotas por parte da sociedade, fato lamentável para uma casa composta por
quinhentos e treze membros, pagos com o dinheiro público para legislarem, tendo
a responsabilidade de criarem leis sérias para o benefício da sociedade, pois é
lá que se traça a legalidade das ações dos demais poderes e se projeta a vida
dos cidadãos.
Reduzir
tempo de mandato, de idade para ocupar cargos eletivos, mudar data de posse de
políticos eleitos, é tão surreal que seria cômico se não fosse triste, há ainda
a birra entre o Senado e a Câmara Instituições, ora ocupadas por dois Senhores
de reputação duvidosa, e cheios de egocentrismo, que lutam pelas luzes da
ribalta e pela conquista de espaço dentro de um partido heterogêneo e
interesseiro.
Atualmente
o tempo de mandato de Senador da Republica é de oito anos, a Câmara modificou o
prazo de todos os mandatos estabelecendo – o em cinco anos, a proposta aprovada
pelos Deputados vai ao Senado, certamente os Senhores Senadores que atuarão
como revisores jamais aceitarão a redução dos seus mandatos, direito
constitucionalmente garantido aos membros daquela Casa. A pergunta é, como se
dará essa disputa? Pois havendo mudanças a proposta volta novamente à Câmara
dos Deputados, Casa iniciadora da proposta. Qual será o fim deste embate, sem
debate? A proposta precisa ser aprovada este ano para entrar em vigor no
próximo ano, diante disto é esperar para ver tudo se findar, e continuar como
dantes.
Geraldo
Gama
quinta-feira, 28 de maio de 2015
A SUPOSTA REFORMA
A SUPOSTA REFORMA
O povo brasileiro mais uma vez se sente traído, não é
novidade, todavia uma traição sempre causa rupturas, é como a perda de um ente
querido, a cada perda a dor é renovada. A sensação que a sociedade tem é a de
que essas feridas nunca hão de sarar, pois os políticos continuam os mesmos,
mudam de partidos mas não mudam o discurso hipócrita. Aliás os partidos
deveriam ser fortalecidos, pois só há democracia plena quando existe partidos
fortes. Eles, os políticos não têm interesse no fortalecimento dos partidos,
mas deles próprios, pois com siglas pode-se se negociar interesses
particulares, e o povo que continue de mal a pior.
É lamentável que o parlamento brasileiro tenha pensamento
mesquinho, a ponto de não ter uma visão abrangente sobre este modelo político
falido e injusto, que ao logo do tempo vem deteriorando os valores
democráticos. A tão propagada reforma política não passa de uma pífia reforma
eleitoral, o que aliás sempre foi a marca do legislativo brasileiro.
A quem interessa uma Reforma
Política
Uma reforma política interessa a sociedade, a pouca
esperança que o povo brasileiro ainda tinha de ver este modelo retrógado ser
mudado foi sepultada no plenário da Câmara dos Deputados. A reforminha terá seu
registro negativo na história deste parlamento paroleiro, cheio de arruaceiros
que não têm dignidade de representar os cidadãos de bem deste país.
Rousseau em o Contrato Social afirma " ...o
fundamento do poder legítimo encontra-se no corpo dos cidadãos, que dever ser
considerados como o princípio e o fim do exercício de todo e qualquer
político..." Portanto, este pensamento não se aplica ao nosso parlamento
que com uma pá de cal atrofiou o sonhos de um povo, que nada mais espera dos
que deveriam representa-lo nas esferas do poder.
Geraldo Gama
quarta-feira, 13 de maio de 2015
A VIOLENCIA DAS TORCIDAS "ORGANIZADAS"
Ao assistir algumas reportagens sobre as
decisões de campeonatos estaduais pelo Brasil, senti-me na condição de um ser
super evoluído, é como se não fosse um terráqueo - mesmo sem dar crédito à
teoria de que haja vida em outros planetas - pensei; como eu teria vindo parar
por estas bandas terrenas.
Por um momento fiquei impávido como o pão
de açúcar, pois fugira de mim toda forma de analogia que explicasse as cenas
animalescas. Não tardiamente compreendi que assistir jogos nas tardes-noites de
domingo no interior dos estádios brasileiros na condição de arquibaldos e
geraldinos, não é mais prazeroso, soltara o grito de fangueiro! chingar o
“juiz” árbitro de ladrão, tem mais graça o esporte bretão está se apequenando
para a minoria.
As torcidas organizadas muitas vezes
abrigam nos seus quadros indivíduos de má índole, que vão se aglomerando e
formam verdadeiras gangues que se confrontarem com os membros das torcidas
adversárias e até mesmo entre si e com isto os torcedores de bem estão tementes
de irem aos estádios assistirem seus times de coração jogarem pois são vítimas
involuntárias destes marginais, que com sangue nos olhos partem para a
violência e com ódio; muito ódio agridem covardemente pessoas inocentes.
Apropriadamente os estádios de futebol
foram apelidados de arenas, o que ultimamente não deixa de ser apropriado.
Revendo a história geral, arena eram lugares onde aconteciam as lutas de
gladiadores, principalmente na Roma antiga, ações de extrema selvageria que
serviam de entretenimento para as elites do Império Romano. Atualmente as
“arenas” estão ficando cada dia mais vazia de torcedores, e cheias de
delinquentes que aterrorizam a quem nada mais queria que ver seu time jogar.
Geraldo
Gama
sábado, 4 de abril de 2015
Tratado como “referência nacional” pela mídia brasileira, Rogério
Chequer enfrenta processo nos EUA – país onde vivia até poucos anos atrás, foi
sócio de um bilionário listado pela Forbes e teve seu nome revelado em arquivo
secreto do Wikileaks. Apresentado como líder da moralidade e acostumado a posar
ao lado de políticos como José Serra e FHC, Chequer tem muito a explicar
Rogério Chequer está sendo tratado como o novo herói de boa parte da
imprensa brasileira. Ganhou espaço nas páginas amarelas da revista Veja,
e, no programa Roda Viva da
TV Cultura, comandado por Augusto Nunes, colunista de Veja, encarou
perguntas tão confortáveis que parecia haver ali um cenário previamente
combinado entre entrevistadores e sabatinado.
Sem se dar por satisfeito após ler a entrevista de Chequer na Veja e
assistir ao seu Roda Viva, o jornalista independente Fernando Brito descobriu,
com uma breve pesquisa, coisas que os profissionais dos supracitados meios
de comunicação não quiseram vasculhar ou fingiram não se interessar.
“Chequer vivia, até poucos anos atrás, nos Estados Unidos. Lá
era sócio de uma empresa chamada Atlas Capital
Manegement, que geria fundos de investimentos junto com David Chon e Harry
Kretsky. Apenas um dos fundos, o Discovery Atlas Fund (do qual Chequer também
era sócio), tinha US$ 115 milhões (R$ 360 milhões) em ativos”, conta Brito. As
informações são do Institutional
Investitor.
Chequer, não se sabe a razão, deixou a sociedade que cuidava de fundos
milionários nos EUA e voltou ao Brasil para se tornar sócio dos primos numa
agência especializada em produzir apresentações de ‘power point’. É
sabido, porém, que o líder dos atos anti-Dilma é réu em um processo na Corte Distrital do estado
americano de Connecticut, aberto em 2012 pelo seu ex-sócio Robert Citrone
(dono da Discovery Atlas), um bilionário que integra, inclusive, a lista
dos homens mais ricos do mundo da Forbes.
Fernando Brito conta que a curiosidade sobre a trajetória de Chequer
surgiu naturalmente, já que os grandes veículos de comunicação lhe concederam o
título de nova celebridade política.
“Ele [Chequer], como
qualquer pessoa, tem o direito de se manifestar. Mas quando o tornam uma figura
pública, uma “referência nacional”, o que ele faz, fez e qual é a sua
trajetória passa a interessar e é dever dos jornalistas informar, salvo se não
tiverem interesse em saber de onde vem o personagem que promovem nacionalmente”
afirma.
Wikileaks e Stratfor
Brito foi além, e no último dia 28 de março descobriu que o nome de
Chequer consta na lista daempresa de inteligência global Stratfor (também
chamada de CIA of Shadow) – o arquivo foi vazado pelo Wikileaks, que teve
acesso a mais de 5 milhões de e-mails confidenciais da empresa. Rogério Chequer
aparece no arquivo identificado com a companhia “cyranony”. Seu nome está na
13ª linha do arquivo, que pode ser baixado diretamente do site do
Wikileaks aqui.
“Existe, de fato, uma companhia Cyrano NY, LLC, registrada como
“companhia estrangeira” no Estado de Delaware, um paraíso
fiscal dentro do território americano, e assim reconhecido até pelaReceita
Federal brasileira”, diz Fernando Brito.
Como já noticiou Pragmatismo Político em diversas oportunidades, a
Stratfor foi acusada de envolvimento em tentativas de golpes de estado em
vários países e atua fortemente no setor de manipulação de interesses
estratégicos. Um dos
e-mails fala da insatisfação da Stratfor com a rejeição do ex-presidente
Lula aos caças norte-americanos e sugere uma relação da empresa com
um grande jornal brasileiro.
ão ainda misteriosas as razões que fizeram Chequer abandonar uma
aparente vida empresarial de sucesso nos Estados Unidos para
regressar ao Brasil. Espera-se, no entanto, que o líder de um movimento que
apregoa a “transparência” como bandeira principal explique-se publicamente.
“Não acusamos Chequer, embora ele, como figura pública que é, agora,
talvez pudesse explicar o que fez desde que seus negócios saíssem de um estado
glorioso que tinha como dono de um fundo de investimento nos EUA e
viesse, em 2012, se tornar sócio dos primos numa agência de publicidade especializada
em produzir apresentações de “power point”, questiona Brito.
Chequer e Olavo de
Carvalho
Na última semana, o
astrólogo Olavo de Carvalho, uma espécie de cardeal da extrema-direita
brasileira chamou Chequer às falas. Pelo Twitter, Carvalho ironizou o
líder do Vem Pra Rua, referindo-se a ele como “Chequer Semfunds”, “Talão de
Chequer” e como alguém adepto à “paumolice tucana” (referência ao fato de o
grupo ser ligado ao PSDB).
O astrólogo estava insatisfeito porque Cheque e o Vem Pra Rua não haviam ainda assumido posições mais incisivas em defesa do Impeachment da atual presidente.
Do lado esquerdo, Rogério Chequer aparece em foto com o ex-presidente
FHC; à direita, aparece nas páginas amarelas da revista Veja (Reprodução)
Pouco tempo depois de ser repreendido, Chequer prestou esclarecimentos a
Olavo – foi quase um pedido de desculpas. A conversa surtiu efeitos. Chequer
quis provar que se despira do manto da “paumolice tucana” e, imediatamente,
procurou o jornal O Estado de S.Paulo para anunciar
publicamente uma redefinição de posições. Ficou decidido que ele e o Vem Pra
Rua dariam sustentação oficial aos pedidos de impeachment.
O jornalista Fernando Brito, que também acompanhou o episódio, comparou
a subserviência de Chequer diante de Olavo com o recuo de Marina após a pressão
do pastor Silas Malafaia para que a ex-presidenciável do PSB alterasse pontos
polêmicos do seu programa de governo.
Rogério Chequer e o senador José Serra (PSDB
Note-se-lhe a firmeza de convicções e de caráter”, afirmou Brito,
referindo-se à repentina mudança de posicionamento de Chequer depois da
consulta com Olavo.
Futuro
Chequer deveria explicar por que saiu às pressas dos Estados Unidos, os
motivos de sua pendência judicial e o fato de ser uma das possíveis
fontes de informação da empresa americana de inteligência Stratfor – um braço
privado da CIA que tenta aplicar golpes de Estado em países cujos governos não
são simpáticos (leia-se, alinhados) à Washington. Não o fará, porém, se
depender dos grandes conglomerados de comunicação do Brasil. Há algo em comum
entre Chequer e a grande mídia brasileira: a falta de compromisso com o País.
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