terça-feira, 27 de outubro de 2015






AINDA RESTA ESPERANÇA?
A crise Institucional que ora se estabeleceu no País converge para o enfraquecimento da jovem democracia brasileira, cada dia a sociedade perde a confiança nas instituições instrumentos necessários para o fortalecimento do estado democrático. As pessoas que ora compõem estas instituições estão perdendo as condições éticas e morais de as comandarem, pois suas ações arrastam para a lama a credibilidade interna e externa do país.

Os três poderes - sem dúvidas alicerces da República- estão violando a harmonia e a independência existentes entre si, ferramentas instituídas compulsoriamente pela Constituição Brasileira. Aliás, a Constituição está sendo substituída pelos caprichos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e o que se vê são afrontas pessoais entre os que deveriam zelar pela ordem social do país.

Determinados representantes das instituições brasileiras imaginam serem seus proprietários, e se acercando de muitos frustrados arremetem sua arrogância contra as normas reguladoras que regem os destinos do Brasil, sem darem nenhuma importância aos resultados desastrosos das suas ações.

Em razão da empáfia de políticos, juízes e empresários o país se aproxima de uma convulsão social, de um lado especuladores e aproveitadores   tentando tirar proveito para mais uma vez saírem ganhando com a crise, como sempre fizeram em outros tempos; e do outro, políticos oportunistas, além de juízes sem senso ético de julgamento.

O Congresso Nacional e o Poder Judiciário

Na Câmara dos Deputados as matérias estão em segundo plano, a pauta foi invertida e o que se discute é o comportamento do Presidente da Casa, que acusado de corrupção e fragilizado perde as rédeas da condução dos trabalhos, passando a se preocupar em salvar seu mandato de Deputado pois a de Presidente parece insustentável.

O Senado com clima mais ameno, ainda repercutem as acusações contra o Presidente do DEM, senador Agripino Maia e de Collor, entretanto, os trabalhos por lá são bastante lentos, uma vez que há projeto que precisam serem votados pelas duas casas, assim como projetos aprovados na Câmara necessitando serem revisados pela casa. No geral uma calamidade.

O Judiciário está caindo na vala comum, juízes se pronunciando fora do processo, Ministros do STF emitindo opiniões pessoais sobre processos sob sua responsabilidade, trazendo a público seus interesses políticos, ferindo o código da magistratura.

O TCU, composto por homens e mulheres que na sua maioria são indicados por conveniência política, e aprovados pelo mesmo sistema se apegam a um poder sui generis, muitos sem nenhum conhecimento técnico das suas funções, são acusados de corrupção e tráfego de influência e não têm condições para analisarem contas das outras Instituições e Órgãos, criando - se um paradoxo.




Pra Quem os Sinos Tocam?

No meio de todo este desmando está a sociedade, que como passageiros desesperados num navio a pique procura uma tábua de salvação, naturalmente sem esperanças de encontrá-la, pois todas estão comprometidas com o naufrágio, e não pretendem socorrer ninguém exceto a si próprias.

Este é o momento em que vive o Brasil, uma democracia ainda em formação, que necessita de alicerces institucionais para sua solidificação, todavia está perdendo o equilíbrio podendo ser tombada a qualquer momento, pela a fúria dos insensatos.

Geraldo Gama

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