AINDA RESTA ESPERANÇA?
A crise Institucional que ora se
estabeleceu no País converge para o enfraquecimento da jovem democracia brasileira, cada
dia a sociedade perde a confiança nas instituições instrumentos necessários
para o fortalecimento do estado democrático. As pessoas que ora compõem estas
instituições estão perdendo as condições éticas e morais de as comandarem, pois
suas ações arrastam para a lama a credibilidade interna e externa do país.
Os três poderes - sem dúvidas alicerces da República- estão violando a
harmonia e a independência existentes entre si, ferramentas instituídas
compulsoriamente pela Constituição Brasileira. Aliás, a Constituição está sendo
substituída pelos caprichos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e
o que se vê são afrontas pessoais entre os que deveriam zelar pela ordem social
do país.
Determinados representantes das instituições brasileiras imaginam serem
seus proprietários, e se acercando de muitos frustrados arremetem sua
arrogância contra as normas reguladoras que regem os destinos do Brasil, sem
darem nenhuma importância aos resultados desastrosos das suas ações.
Em razão da empáfia de políticos, juízes e empresários o país se
aproxima de uma convulsão social, de um lado especuladores e aproveitadores
tentando tirar proveito para mais uma vez saírem ganhando com a
crise, como sempre fizeram em outros tempos; e do outro, políticos oportunistas,
além de juízes sem senso ético de julgamento.
O Congresso Nacional
e o Poder Judiciário
Na Câmara dos Deputados as matérias estão em segundo plano, a pauta foi
invertida e o que se discute é o comportamento do Presidente da Casa, que
acusado de corrupção e fragilizado perde as rédeas da condução dos trabalhos,
passando a se preocupar em salvar seu mandato de Deputado pois a de Presidente
parece insustentável.
O Senado com clima mais ameno, ainda repercutem as acusações contra o
Presidente do DEM, senador Agripino Maia e de Collor, entretanto, os trabalhos
por lá são bastante lentos, uma vez que há projeto que precisam serem votados
pelas duas casas, assim como projetos aprovados na Câmara necessitando serem
revisados pela casa. No geral uma calamidade.
O Judiciário está caindo na vala comum, juízes se pronunciando fora do
processo, Ministros do STF emitindo opiniões pessoais sobre processos sob sua
responsabilidade, trazendo a público seus interesses políticos, ferindo o
código da magistratura.
O TCU, composto por homens e mulheres que na sua maioria são indicados
por conveniência política, e aprovados pelo mesmo sistema se apegam a um poder sui
generis, muitos sem nenhum conhecimento técnico das suas funções, são
acusados de corrupção e tráfego de influência e não têm condições para
analisarem contas das outras Instituições e Órgãos, criando - se um paradoxo.
Pra Quem os Sinos Tocam?
No meio de todo este desmando está a sociedade, que como passageiros
desesperados num navio a pique procura uma tábua de salvação, naturalmente sem
esperanças de encontrá-la, pois todas estão comprometidas com o naufrágio, e
não pretendem socorrer ninguém exceto a si próprias.
Este é o momento em que vive o Brasil, uma democracia ainda em formação,
que necessita de alicerces institucionais para sua solidificação, todavia está
perdendo o equilíbrio podendo ser tombada a qualquer momento, pela a fúria dos
insensatos.
Geraldo Gama
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