segunda-feira, 28 de março de 2016








DEMOCRACIA X EGOÍSMO



As conquistas sociais a duras penas conquistadas pelos os menos favorecidos serão extintas num possível governo do PMDB. O que se nota é que muitos que vão às ruas defenderem o golpe contra o governo da Presidenta Dilma, não querem que seus filhos ou eles próprios dividirem uma sala de faculdade com um colega que não possua um automóvel último lançamento, uma moto superpotente, ou ainda seja desprovido de um celular androide da apple, e por aí a fora.

Muitos dos que hoje tem seus estudos financiados pelos programas do Governo Federal se deixam levar pela a mágoa dos coxinhas derrotados e os acompanham na marcha dos perdedores, não se dão conta de estarem sendo usados como claquete de um espetáculo cômico, tendo como atores principais os derrotados nas urnas, e os que nunca poderão serem líderes da nada, exceto dos seus focinhos, isto enquanto estiverem a serviços da mídia marrom, ou de uma centena de denunciados, que o judiciário teima em manter em sigilo.

Moreira Franco braço direito do "mordomo" Michel Temer, anunciou nesta sexta-feira que o PMDB, extinguirá¡ o FIES, e vai rever se mantém o SUS. Para ele o povo precisa ter um plano de saúde, como nos Estados Unidos, aliás, esta é a política que as “coxinhas” sonham em implantarem no Brasil. Percebe - se então, as consequências advindas destes ajustes antissociais do então partido do Vice-Presidente da República, massa de manobra das elites enraizadas em meio século de vida do país

O EGOCENTRISMO DOS AMORAIS.

O estado democrático de direito não suporta egocentrismo, tampouco, barganhas espúrias como as dos bastidores obscuros do atual momento brasileiro, onde uma minoria se manifesta nas ruas sem uma causa sem saberem o que querem, uns pedem o afastamento da Presidenta da República, outra intervenção militar e outros tentam amenizar a perda da implantação de projeto de governo nefasto que destruiria todas as conquistas dos menos favorecidos.

Em suma os líderes do golpe sonham em tomarem o poder, para relegarem a lava jato a um rito lento e pernicioso, e a justiça ficará¡ como declara Mandeville em "A Fábula das Abelhas"


A própria Justiça, celebre pela equanimidade
Embora cega não perdera o tato;
Sua mão esquerda, que deveria sustentar a balança,
Deixara-a muitas vezes pender, subornada com ouro;
E, conquanto parecesse imparcial,
Quando se tratava de punição corporal,
Alardeava seguir curso regular
Em assassinatos e todos os crimes violentos,
Porém alguns, primeiro mandados ao pelourinho por desonestidade,
Eram enforcados na própria corda com que haviam sido açoitados.
Contudo, pensava-se, a espada que ela empunhava
Reprimia apenas os pobres e desesperados
Que, impelidos por mera necessidade,
Eram amarrados a árvore dos desgraçados
Por crimes que não mereciam tal destino,
Senão, para proteger os ricos e poderosos

A justiça enforcou alguns, outros libertou,
E, após esvaziarem-se as prisões,
Não mais sendo necessária sua presença,
Retirou-se com todo o seu cortejo e pompa.
Na vanguarda marcharam ferreiros, com cadeados e grades,
Grilhões e portas com chapas de ferro;
A seguir, carcereiros, guardas e ajudantes;
À Frente da deusa, a alguma distância,
Seu fiel ministro principal,
Dom Algoz, o grande executor da lei,
Empunhando não a espada imaginária,
Mas seus próprios instrumentos, o machado e a corda;
Então, em uma nuvem, a bela de olhos vendados:
A justiça em pessoa, impelida pelo ar;
Em volta de sua carruagem, e na retaguarda,
Seguiram sargentos, esbirros de todas a espécies,
Beleguins e todos aqueles funcionários
Que das lágrimas arrancam seu sustento.


Geraldo Gama


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