sábado, 19 de março de 2016

HONESTIDADE E PRICÍPIOS


Recentemente estava numa fila de uma casa lotérica para pagar umas contas quando uma senhora chegou para um conhecido seu e pediu para ele pagar uns cinco boletos seus, na fila haviam cerca de trinta pessoas, naturalmente todas com muitas coisas para fazer naquele dia.
O senhor seu amigo pegou os tais boletos e quando chegou sua vez de ser atendido pagou os delas, depois os seus, enquanto ela navegava no WhatsApp. A TV Record numa reportagem em rede nacional exibiu vários vídeos de pessoas que furam os pedágios e não pagam as tarifas, chegando a colocar em risco a vida das pessoas que ali trabalham, carretas, caminhões, automóveis, motos, todos chegam a destruírem aquelas barras que só liberam a passagem quando a tarifa é paga.

ETIMOLOGIA

Etimologicamente a palavra honestidade se origina do latim culto, HONOS, que remete para honra e dignidade. Isto significa que honestidade é norma geral, regente do comportamento das pessoas e instituições, estando aí embutidos a obediência às normas morais e éticas para o relacionamento entre os povos. A honestidade não suporta ações moralmente degradantes, como a esperteza de querer levar vantagem em tudo sem se ater que os direitos são iguais.
Pessoas de todos os níveis sociais clamam pela honestidade dos outros, mas oportunamente violam este princípio como se apenas a elas fosse lhes dado o direito de ser desonesto. Interessante é que a maioria dos desonestos veem as suas transgressões como esperteza, ou seja, um ato de inteligência, algo genial da sua parte, subestimam a capacidade racional e social do resto da sociedade.
No âmbito empresarial é comum empresas de todos os aportes cometerem atos de desonestidades, com pessoas e concorrentes, tudo em busca de liderança de mercado. Líderes empresariais conduzem suas companhias ao mais baixo nível de desonestidade possível, justificando seus atos na livre concorrência.
Vive – se tempos muitos difíceis; não é novidade, principalmente nas democracias, quer incipientes quer sólidas. Todavia, nossas ações não devem se sobreporem aos bons princípios, pois, estes são imprescindíveis para uma convivência social amistosa e coerente, não podemos permitir que enriquecimento fácil conseguido com especulações, e fraudes corroam nossa ética e moral.

INSTITUIÇÕES; AGENTES E SOCIEDADE NO MUNDO DA GANÂNCIA

Na conjuntura mundial, a falta de honestidade permeia todos os seguimentos sociais:
Ø  Os meios de comunicação armam espetáculos grandiosos de difamação e calúnias em torno de qualquer notícia, principalmente quando envolve a vida de alguém público ou não, tudo em busca de “furos jornalísticos”, mesmo que isto cause prejuízos há quem tem seu nome divulgado de forma irresponsável;
Ø  No meio empresarial a visão de honestidade na maioria das empresas torna – se secundária quando se trata de grandes lucros, mesmo que isto implique em prestação de serviços, fabricação ou venda de produtos de má qualidade, além de balanços recheados de fraudes.
Ø  O mundo judiciário por essência um poder de equilíbrio, tem se atirado nos braços da falta de honestidade, comumente juízes de todos as instâncias são denunciados por vendas de sentença.
Ø  Na política se alastra a decepção, disparadamente é o seguimento que mais abriga pessoas de caráter desonestos, alimentados por sistemas eleitorais corruptos estes agentes justificam suas ações se autorregulando, pois, criam mecanismos que os tornam inalcançáveis por uma justiça manietada.
A confiança nas Instituições públicas, nas empresas privadas, e na maioria das organizações mundiais sem dúvidas vem deixando as pessoas sem esperanças, sem crença de que haverá um mundo melhor.
Comumente ouve – se dizer que o poder corrompe, entretanto ouso discordar disto, creio que todos os que se mostram desonestos ao obterem poder, já o eram em potencial, bastando apenas uma oportunidade para deflagrarem sua famigerada desonestidade. O poder torna desonesto quem é predisposto a tal prática, pois sua formação moral não imiscuiu esse dano dos seus princípios básicos de vida. Quando o indivíduo tem na sua essência honradez e responsabilidade, não é afetado pela ganância desmedida.

COMPORTAMENTO X AÇÃO

Por outro lado, pessoas que se mostram contra a falta de honestidade dos outros muitas vezes o são por não terem oportunidade de aflorarem seu lado desonesto, mas quando a têm caem na vala comum e suas ações os conduzem ao que antes era um latente defeito dos outros.
Chegamos a um ponto em que o que era uma obrigação se torna qualidade, e a cauda passa a balançar o cachorro. A propósito a senhora que “furou a fila” lá do início é evangélica.

Senhor, quem habitará no teu santuário?
Quem poderá morar no teu santo Monte?
Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo; que de coração fala a verdade e não usa a língua para difamar; que nenhum mal faz ao seu semelhante e não lança calúnia contra o seu próximo;

Geraldo Gama





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