HONESTIDADE
E PRICÍPIOS
Recentemente
estava numa fila de uma casa lotérica para pagar umas contas quando uma senhora
chegou para um conhecido seu e pediu para ele pagar uns cinco boletos seus, na
fila haviam cerca de trinta pessoas, naturalmente todas com muitas coisas para
fazer naquele dia.
O
senhor seu amigo pegou os tais boletos e quando chegou sua vez de ser atendido
pagou os delas, depois os seus, enquanto ela navegava no WhatsApp. A TV Record
numa reportagem em rede nacional exibiu vários vídeos de pessoas que furam os
pedágios e não pagam as tarifas, chegando a colocar em risco a vida das pessoas
que ali trabalham, carretas, caminhões, automóveis, motos, todos chegam a
destruírem aquelas barras que só liberam a passagem quando a tarifa é paga.
ETIMOLOGIA
Etimologicamente
a palavra honestidade se origina do latim culto, HONOS, que remete para
honra e dignidade. Isto significa que honestidade é norma geral, regente do
comportamento das pessoas e instituições, estando aí embutidos a obediência às
normas morais e éticas para o relacionamento entre os povos. A honestidade não
suporta ações moralmente degradantes, como a esperteza de querer levar vantagem
em tudo sem se ater que os direitos são iguais.
Pessoas
de todos os níveis sociais clamam pela honestidade dos outros, mas oportunamente
violam este princípio como se apenas a elas fosse lhes dado o direito de ser
desonesto. Interessante é que a maioria dos desonestos veem as suas
transgressões como esperteza, ou seja, um ato de inteligência, algo genial da
sua parte, subestimam a capacidade racional e social do resto da sociedade.
No
âmbito empresarial é comum empresas de todos os aportes cometerem atos de
desonestidades, com pessoas e concorrentes, tudo em busca de liderança de
mercado. Líderes empresariais conduzem suas companhias ao mais baixo nível de
desonestidade possível, justificando seus atos na livre concorrência.
Vive
– se tempos muitos difíceis; não é novidade, principalmente nas democracias,
quer incipientes quer sólidas. Todavia, nossas ações não devem se sobreporem aos
bons princípios, pois, estes são imprescindíveis para uma convivência social
amistosa e coerente, não podemos permitir que enriquecimento fácil conseguido
com especulações, e fraudes corroam nossa ética e moral.
INSTITUIÇÕES; AGENTES E SOCIEDADE NO
MUNDO DA GANÂNCIA
Na
conjuntura mundial, a falta de honestidade permeia todos os seguimentos
sociais:
Ø Os meios de comunicação armam espetáculos grandiosos
de difamação e calúnias em torno de qualquer notícia, principalmente quando
envolve a vida de alguém público ou não, tudo em busca de “furos jornalísticos”,
mesmo que isto cause prejuízos há quem tem seu nome divulgado de forma
irresponsável;
Ø No meio empresarial a visão de honestidade na maioria
das empresas torna – se secundária quando se trata de grandes lucros, mesmo que
isto implique em prestação de serviços, fabricação ou venda de produtos de má qualidade,
além de balanços recheados de fraudes.
Ø O mundo judiciário por essência um poder de
equilíbrio, tem se atirado nos braços da falta de honestidade, comumente juízes
de todos as instâncias são denunciados por vendas de sentença.
Ø Na política se alastra a decepção, disparadamente é o
seguimento que mais abriga pessoas de caráter desonestos, alimentados por
sistemas eleitorais corruptos estes agentes justificam suas ações se autorregulando,
pois, criam mecanismos que os tornam inalcançáveis por uma justiça manietada.
A
confiança nas Instituições públicas, nas empresas privadas, e na maioria das organizações
mundiais sem dúvidas vem deixando as pessoas sem esperanças, sem crença de que haverá
um mundo melhor.
Comumente
ouve – se dizer que o poder corrompe, entretanto ouso discordar disto, creio
que todos os que se mostram desonestos ao obterem poder, já o eram em
potencial, bastando apenas uma oportunidade para deflagrarem sua famigerada desonestidade.
O poder torna desonesto quem é predisposto a tal prática, pois sua formação
moral não imiscuiu esse dano dos seus princípios básicos de vida. Quando o
indivíduo tem na sua essência honradez e responsabilidade, não é afetado pela
ganância desmedida.
COMPORTAMENTO X AÇÃO
Por
outro lado, pessoas que se mostram contra a falta de honestidade dos outros
muitas vezes o são por não terem oportunidade de aflorarem seu lado desonesto,
mas quando a têm caem na vala comum e suas ações os conduzem ao que antes era
um latente defeito dos outros.
Chegamos
a um ponto em que o que era uma obrigação se torna qualidade, e a cauda passa a
balançar o cachorro. A propósito a senhora que “furou a fila” lá do início é
evangélica.
Senhor, quem habitará no teu santuário?
Quem poderá morar no teu santo Monte?
Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo; que de
coração fala a verdade e não usa a língua para difamar; que nenhum mal faz ao
seu semelhante e não lança calúnia contra o seu próximo;
Geraldo Gama
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