Cavalo de Troia III
Em dois Artigos
publicados com os títulos de Cavalo de Troia I e II,descrevi o que poderia acontecer com os governos do
PT, talvez, naquele momento eu tenha até corrido o risco de cometer enganos,
todavia, era latente como as coisas se encaminhavam, só quem não via era o
governo da Presidenta Dilma e o próprio partido, que não fugindo à regra compôs sua
base no congresso com toda espécie de
políticos caloteiros e
interessados em uma boquinha para se manterem na base, enquanto lhes fossem convenientes e,
assim alimentarem suas bases
eleitorais com as migalhas que caiam das suas mesas.
Um dos maiores
males que um gestor comete é tornar-se refém de partidos, principalmente os
carimbados como fisiológicos e oportunistas, como uma dezenas dos que compõem o
sistema político brasileiro. Por aqui os critérios para a fundação de partidos
políticos são incipientes, o que torna incontrolável o entendimento
programáticos destas instituições.
Vale salientar
que num sistema presidencialista como o do Brasil as coalizões são feitas de forma inteiramente
interesseiras, apoio no parlamento por troca de cargos, e não em torno de um
projeto político para o país, isso fragiliza o governo, sobretudo, quando se
agregam ideologias extremamente opostas ao projeto principal, tornando estas
coalizões mero oportunismo e no primeiro embate os ratos saltam na água.
1.Oportunismo Partidário
Ao buscar a ampliação da base do governo no
Congresso Nacional os governos de Lula e Dilma não avaliaram a linha
programática dos partidos de sustentação, na sua maioria compostos de pessoas
com baixo nível de ética e moral, com o propósito apenas de se darem bem, sem
qualquer preocupação com o desenvolvimento do país.
O resultado de tudo isto não tardou a vir à
tona, os partidos até então considerados aliados do governo, com cargos dos
primeiros a terceiros escalões aderiram a uma denúncia de afastamento da
Presidenta da República, segundo a oposição; por crime de responsabilidade
fiscal, as chamadas pedaladas, praticadas desde o tempo do descobrimento do
Brasil.
A oposição sem qualquer projeto político para a
governabilidade do país, e ainda atordoada com as quatro derrotas seguidas,
guardando rancor passou a cooptar parlamentares filiados aos partidos da base,
que não sentiam satisfeitos com o governo, – sempre tem alguém que se acha mais
merecedor que outros - como a maioria dos partidos são compostos por homens e
mulheres de índoles discutíveis, o governo caiu na esparrela mais antiga do
mundo; a traição dos seus “aliados”.
Aliás, já no início do segundo governo da
Presidenta Dilma, notava – se que o partido do Vice-presidente, queria se
apossar de todos os cargos, como se fora titular da presidência. Especialistas
já anteviam o beijo do judas Michel Temer, incorporado no soba Cunha. A
cegueira política dos colaboradores mais próximos de Dilma, criam que o “mordomo”
coordenaria a área política da do governo.
Todavia o tempo que Temer se manteve à frente
da tal articulação foi o bastante para que o golpe se delineasse, não fugindo
da índole do seu partido o “mordomo” com livre trânsito se aliou aos derrotados
e ao Cunha para tentarem tomar o cargo de Presidente da República por meio
indireto, na marra, confirmando o Brasil como a republica das bananas.
Pecado
Capital
Depois de conquistar o Poder Central o PT, foi
tentado a crê que as elites refesteladas no poder há quinhentos anos se
conformariam com a perda das regalias que desfrutavam, em todas as esferas de
governo, tampouco, aceitariam dividir o mesmo espaço com as classes sociais
menos favorecidas pela sorte, isto os incomodam tanto, que estão dispostos a
fazerem de tudo para um retrocesso social, ilegalmente tudo para verem o fim
dos avanços sociais conquistados pelas classes trabalhadoras.
É lamentável a situação da política brasileira
perante o resto do mundo. A imprensa internacional trata – nos como uma
republiqueta, exportadora de produtos in natura, que vai do futebol a minérios,
somente isto e nada além do que isto.
Geraldo
Gama